Com o emprego da tecnologia, a expetativa é de melhora do PIB per capita do município, que atualmente ocupa a modesta posição de 28º entre os 62 do estado
Preocupada com a geração de emprego e renda, durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Parintins, nesta segunda-feira (19/08), a vereadora e candidata a prefeita de Parintins, Brena Dianná, solicitou o envio de patrulhas mecanizadas para a Comunidade do Santo Antônio do Murituba e para as comunidades do entorno.
Em seu pronunciamento, a vereadora frisou o descaso do poder público municipal com o setor primário e as consequências dessa omissão. "A gente esteve lá no Murituba porque falam que gostam de valorizar o setor primário, mas a patrulha mecanizada está só no papel. E quando tem, (a máquina) tá na fazenda dos políticos. E eles (trabalhadores) relatam: ‘a gente tá aqui trabalhando com terçado, com a enxada na mão. Não tem nada pra gente escoar nossa produção. A gente precisa de um olhar do poder público'. E nós estamos aqui solicitando a aquisição de uma patrulha mecanizada para que eles possam trabalhar com dignidade", enfatizou Dianná.
De acordo com a candidata, essas patrulhas irão beneficiar não só as comunidades rurais, mas também o município de Parintins a partir do fortalecimento da agricultura e dos ganhos gerados com as lavouras. "Com o investimento em tecnologia e mecanização, será possível melhorar significativamente a eficiência e a produtividade agrícola, proporcionando condições mais dignas de trabalho", ponderou.
Economia parintinense
A economia é baseada na receita oriunda do salário do funcionalismo público e do comércio varejista na maior parte do ano, com exceção do período do Festival Folclórico. A cidade já teve o maior rebanho bovino e bubalino do estado, com cerca de 150 mil bovinos e 50 mil bubalinos.
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM 2020), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou queda na posição de Parintins no ranking dos maiores detentores de rebanho bovino do Amazonas. Em 2020, os municípios com mais cabeça de gado eram Lábrea, Boca do Acre, Apuí, Manicoré e Parintins, em quinto lugar.
Conforme o Censo Agropecuário divulgado, em 2017 pelo IBGE, 11.422 pessoas tiravam o seu sustento da atividade no campo. Não há dados atualizados sobre o setor em 2024, mas a percepção é de que a dureza para se produzir na região, sem apoio da prefeitura, tem levado muitas pessoas a deixaram a zona rural rumo a cidade de Parintins ao a capital Manaus, elevando os problemas sociais.
Foto: Divulgação
Fonte: Shirey Assis