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Grupo protesta em frente à sede do Governo do AM contra medida que suspende, até 2021, reajustes de servidores públicos
Política
Publicado em 24/07/2019

Protesto afeta passagem de veículos na Avenida Brasil.

Um grupo de servidores públicos protestou em frente à sede do Governo do Amazonas, na manhã desta quarta-feira (24), contra a aprovação da medida de contenção de gastos que suspende, até 2021, reajustes ou aumentos remuneratórios de todos os servidores públicos. Participaram da manifestação servidores da educação, segurança e saúde. Sindicatos afirmam que escolas ficaram sem aulas e alguns serviços em delegacias deixaram de serem realizados. O governo diz que não há paralisação nos “serviços essenciais”.

 

Ao menos 600 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar. A coordenação citou mil pessoas presentes no protesto.

 

O protesto teve início por volta das 09h e afetou a passagem de veículos na Avenida Brasil até o fim da manhã. Veículos no sentido centro-bairro ficaram impedidos de acessar o retorno em frente à sede do Governo.

 

Os Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Associação dos Professores de Manaus (Assprom) e Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol) lideram o movimento.

 

 

Segundo o presidente do Sinpol, Jaime Lopes, algumas atividades foram suspensas nas delegacias, como registros de boletins de ocorrência de casos não graves (perda de documento, acidente de trânsito sem vítimas). Os demais procedimentos foram mantidos.

 

“A lei é clara. A redação de fato congela todos os direitos dos servidores, não somente dos policiais civis, inclusive os já instituídos em lei. Estamos dispostos a dialogar. Nós também já fizemos uma análise técnica da questão orçamentária e entendemos que direitos já previstos em lei devem ser assegurados. Nós não queremos entrar apenas pra conversar, nós queremos uma resolução”, disse o presidente do Sinpol.

 

A presidente do Sinetam, Ana Cristina, afirma que algumas escolas tiveram as atividades - a maioria fica na Zona Norte - paralisadas.

 

“Uma vez que se congela o salário, se congela também a qualidade de vida do trabalhador. (...) Como nós viemos de uma greve de 41 dias, nós estamos ainda com um público menor, respeitando o acordo que fizemos com a sociedade de reposição de aulas. Entretanto, a nossa atitude posterior não será de nossa responsabilidade, mas sim do Governo do Estado em atender os servidores e suas reivindicações, que é de revogar essa lei”, disse a presidente Rodrigues.

 

 

Reunião com governo

Representes das categorias manifestantes foram recebidos pelo governador, Wilson Lima. Na reunião, o Lima disse que determinou aos secretários que discutam com servidores melhorias possíveis sem impactar a folha de pagamento, que já supera o limite máximo de gastos permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 

"Há uma medida que foi tomada na Assembleia Legislativa com relação à contenção de gastos, no que diz respeito à concessão da data base a partir do ano que vem. São medidas necessárias para que, efetivamente, o Estado encontre o equilíbrio fiscal. Eles têm alguns pleitos e é preciso analisar categoria por categoria”, disse.

 

“O que ficou acordado na reunião é que a gente vai manter esse diálogo e que cada categoria vai sentar com as pastas correspondentes para que a gente possa encontrar esse equilíbrio e encontrar um caminho para que a gente possa atender de alguma forma o servidor”, completou o governador.

 

Foto: Patrick Marques/g1 AM

Por G1 AM

*Redação: blogjrnews.com

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