BRASÍLIA - “Meu compromisso é lutar para não permitir o fim do saque-aniversário do FGTS”, afirmou o deputado federal Capitão Alberto Neto, nesta quarta-feira, 13/11, durante evento da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) que teve como tema “O fim do saque-aniversário do FGTS. A diminuição da oferta de crédito e o impacto na vida dos brasileiros”.
De acordo com dados consolidados pelo setor de instituições financeiras, o possível fim do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode afetar mais de 35,5 milhões de famílias. Dados do Governo Federal indicam que a taxa de juros para antecipação desse saque é de 1,79%, a segunda mais baixa do país, uma taxa essencial visto que 75% dos brasileiros que recorrem ao saque-aniversário estão negativados e não têm acesso ao crédito no mercado.
“Vivemos um tempo sombrio em relação ao crédito no nosso país. Imagina o próprio governo lutando contra os trabalhadores, querendo acabar com o saque-aniversário, onde o trabalhador tem direito, no seu aniversário, de pegar uma parcela do seu FGTS, um dinheiro que é seu. Vamos lutar para que o saque-aniversário continue porque é um instrumento importante de crédito barato para o nosso povo na hora que eles mais precisam”, disse.
O parlamentar defendeu que parece existir uma perseguição ao crédito barato do país, num tempo em que o atual Governo quer oferecer o crédito mais caro, comprometendo a liberdade econômica da população que geralmente utiliza o saque para pagamento de dívidas, contas do dia a dia, despesas médicas, compra de alimentos e pagamento de cartão de crédito.
“Vou convocar mais uma vez o ministro do Trabalho para explicar, e vamos lutar para jamais acabar com o saque-aniversário. O saque-aniversário do FGTS é um facilitador da vida do brasileiro, e representa um instrumento fundamental de liberdade financeira para muitas famílias endividadas”, enfatizou Capitão Alberto Neto.
Desde sua implementação em 2020, o saque-aniversário já movimentou R$ 151 bilhões em crédito na economia brasileira. Em 2023, foram concedidos R$ 38,1 bilhões nessa modalidade. Mesmo com o aumento na concessão de crédito, o fundo cresceu de R$ 424 bilhões em dezembro de 2020 para R$ 615 bilhões em 2024.
Fotos – Arquivo assessoria
Fonte: Juliana Mattos