A estimativa é atender mais 1.000 piscicultores de 25 municípios que possuem potencial produtivo na atividade da piscicultura
A reprodução das formas jovens (pós-larvas e alevinos) de peixes nativos, como de Tambaqui e a Matrinxã seguem a todo vapor no Amazonas. Nesta sexta-feira (09/02), foram entregues mais de 200 mil alevinos de tambaqui para a Unidade de Produção de Alevinos (UPA) do município de Codajás (a 240 quilômetros de Manaus).
Coordenado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), a reprodução de peixes é oriunda do Centro de Tecnologia, Produção e Conservação de Recursos Pesqueiros (CTPC), situado no Distrito de Balbina, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus).
A estimativa para o ano de 2024 é entregar mais de 2 milhões de pós-larvas e 2 milhões de alevinos, entre tambaqui, matrinxã e pirapitinga, para 1.000 piscicultores distribuídos em aproximadamente 25 municípios que possuem potencial produtivo na atividade da piscicultura.
De acordo com o gerente de aquicultura da Sepror, Oster Machado, o Governo do Amazonas também leva capacitações aos piscicultores do estado, sobre as Boas Práticas de Manejo e Gestão na Piscicultura.
“Tratamos junto com os piscicultores três elementos básicos para uma reprodução de peixes na piscicultura: entregamos alevinos de alta qualidade genética; orientamos os produtores quanto à nutrição dos peixes; e o ambiente com uma boa qualidade de água”, ressalta Oster.
Segundo o coordenador de projetos da Sepror, em Balbina, Ronan Freiras, em janeiro de 2024, foram entregues 550 mil pós-larvas e mais de 100 mil alevinos, beneficiando diretamente 50 piscicultores da região metropolitana de Manaus. No mês de fevereiro a produção foi de aproximadamente 600 mil pós-larvas. “Desta produção, enviamos 200 mil alevinos para Codajás, o restante foi estocado em um viveiro da estação, para serem distribuídos aos piscicultores do estado”, comenta.
Como adquirir?
Os piscicultores interessados em receber doações de alevinos devem procurar o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) de seu município, ou as secretarias municipais de produção rural para solicitar o benefício.
É necessário que o piscicultor tenha a carteira do produtor rural, emitida pelo Idam, e que exerça efetivamente a atividade.
Com mais de 80 mil peixes de tambaqui e matrinxã em criação, um dos beneficiados com o recebimento de alevinos, o piscicultor Wellington Moraes, do município de Presidente Figueiredo, afirma que o único custo que ele possui é na compra de ração e nos maquinários para jogar água nos tanques. Ele também possui plantação de macaxeira, mamão, milho e hortaliças.
“Muito importante, né! Até porque é uma economia para nós piscicultores. Já recebo os alevinos do Governo do Amazonas há mais de 6 anos, e também toda a assistência técnica. Isso é muito gratificante”, disse Wellington.
Ano anterior
Em 2023, foram entregues 1,2 milhão de alevinos e 1,1 de pós-larvas, atendendo diretamente 967 piscicultores de 21 municípios do Amazonas.
Fotos: Emerson Martins/Sepror