A ação mapeou e identificou 23 pontos onde estavam localizados os fornos para a queima de madeira de origem ilegal
A partir de informações geográficas de imagens de satélites, fiscais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) identificaram 23 pontos onde era realizada a fabricação ilegal de carvão vegetal. Uma operação foi efetuada na última semana com o objetivo de reprimir essa prática ilegal. Dos 23 fornos mapeados, 18 foram destruídos e três motosserras sem registro foram apreendidas, no Vicinal ZF 09, do Distrito Agropecuário da Suframa. Os outros cinco fornos estavam em local de difícil acesso e a equipe foi impossibilitada de chegar até eles.
Segundo os fiscais do órgão, cada forno possui uma capacidade de produção média de 30 sacas de carvão por semana. No total, o número de sacas de carvão chega, aproximadamente, a 600 sacas por semana.
O diretor-presidente do Instituto de Proteção, Juliano Valente, destacou a atuação da equipe de fiscalização e salientou a importância do serviço de monitoramento que o Ipaam realiza por meio do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP).
"A celeridade e a precisão fornecidas pelo nosso sistema de monitoramento se tornam imprescindíveis na hora de fiscalizar e autuar ilícitos ambientais. Parabenizo ainda os fiscais do Ipaam que atuaram nessa diligência, mostrando a proatividade do órgão e a eficácia da fiscalização, além do que essa é uma atividade passível de licenciamento ambiental e precisa ser controlada", enfatizou Valente.
A ação, denominada “Rabo de Fogo”, foi planejada de forma estratégica e é a primeira de uma série de ações semelhantes que devem acontecer nos próximos meses. O nome da operação foi escolhido devido a ligação da prática estar associada a outros delitos relacionados ao desmatamento ilegal.
De acordo com os fiscais, se trata de uma sequência ilegal: derrubadas, ocupação de área, venda de madeira retirada de forma criminosa, produção e venda de carvão, além de uso de motosserra em área não autorizada. Ao todo 22 procedimentos administrativos, entre multas, embargos, destruição e apreensão foram consumados em uma única operação.
FOTOS: Divulgação/Ipaam