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Comércio perde mais de 400 mil empregos no 1º ano da pandemia
Economia
Publicado em 17/08/2022

Mesmo com os cortes atribuídos às medidas de distanciamento, setor ganhou 200 mil profissionais em 10 anos, mostra IBGE

 

As medidas de distanciamento social adotadas para reduzir o avanço do novo coronavírus em 2020 resultaram no corte de 404,1 mil trabalhadores do comércio, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

"Os estabelecimentos comerciais que se dedicam à revenda de itens não essenciais, e cujas atividades dependem relativamente mais de contato pessoal, foram os mais afetados", afirma a PAC (Pesquisa Anual de Comércio) ao analisar os cortes.

 

Entre os segmentos, nove de cada dez (90,4%) vagas perdidas no primeiro ano da pandemia da Covid-19 foram referentes ao comércio varejista, que cortou 365,4 mil trabalhadores no período. Também se observou redução de pessoal ocupado na atividade de comércio de veículos, peças e motocicletas (-76,6 mil profissionais).

 

Por outro lado, o comércio por atacado foi a única das atividades responsável pela suavização dos impactos negativos da pandemia no mercado de trabalho do setor, com 37,9 mil novos postos de trabalho abertos em 2020.

 

Entre as nove atividades que integram o comércio varejista, apenas os segmentos de hipermercados e supermercados (+1.800 pessoas) e de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (+318 postos) apresentaram incremento, ainda que discreto, no volume de mão de obra.

 

Na contramão, o IBGE destaca a redução de trabalhadores no ramo de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (-176,6 mil), que representa uma perda de 15,3% do volume de pessoas ocupadas com relação ao ano de 2019.

 

10 anos

Apesar das perdas causadas pela pandemia, as 1,3 milhão de empresas do comércio fecharam 2020 com 9,8 bilhões de profissionais ocupados, número que representa um aumento de 195,5 mil funcionários no período de 10 anos.

 

No período entre 2001 e 2020, o destaque ficou por conta do comércio varejista, que aumentou a mão de obra em 169,6 mil pessoas, e para o comércio por atacado, com 104,9 mil novos profissionais. O comércio de veículos, peças e motocicletas, por sua vez, reduziu o pessoal ocupado em 79,0 mil pessoas entre 2011 e 2020.

 

Com as evoluções, 73,7% da mão-de-obra do setor comercial estava empregada no comércio varejista em 2020. Na sequência, aparecem o comércio por atacado (17,8%) e o comércio de veículos, peças e motocicletas (8,5%). Em relação a 2011, a distribuição de pessoas ocupadas entre as atividades comerciais apresentou relativa estabilidade.

 

No intervalo de 10 anos, o aumento de participação do comércio por atacado no mercado de trabalho foi influenciado, sobretudo, pelo comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos, cuja participação no segmento atacadista aumentou em 2,6 pontos percentuais. De acordo com o estudo, o resultado pode ter sido influenciado pelo desempenho favorável do segmento no comércio exterior.

 

Foto: AMANDA PEROBELLI/REUTERS

 Fonte: Do R7

*Redação: blogjrnews.com

 

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