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Assistentes sociais da Polícia Civil do Amazonas falam sobre os desafios da profissão em tempos de pandemia
Segurança
Publicado em 15/05/2021

Promover o bem-estar físico e social, coordenar e executar planos para que as políticas públicas e os direitos sociais sejam acessíveis para todos, são algumas das funções do assistente social. No dia 15 de maio, comemora-se o dia em alusão a esses profissionais tão importantes para a sociedade. Na Polícia Civil do Amazonas esse trabalho é realizado com dedicação e eficiência.

 

A assistente social Lígia Aguiar, que está lotada no Departamento de Controle e Avaliação (DCA) da instituição, conta que está disponível no setor para qualquer servidor que esteja em busca de ajuda, ela relata que após uma sessão de escuta com o servidor e observação da necessidade dele, o encaminha para o setor que melhor irá lhe ajudar.

 

”Aqui na Polícia Civil essa rede de apoio abrange não apenas o servidor, policiais, delegados, mas também os familiares deles, com visitas domiciliares e hospitalares quando, por exemplo, estão internados, como nos casos de Covid-19, em que tivemos muitos servidores e familiares precisando desse apoio”, explica Lígia.

 

No período mais difícil da pandemia, tanto em 2020 quanto no começo de 2021, em que muitos servidores foram contaminados pelo vírus, o trabalho da assistência social dobrou. Os trabalhos passaram a acontecer de forma remota com atendimentos on-line e, nos casos mais graves, quando o servidor ou algum familiar dele tinha que internar, a assistência social acompanhava mais de perto.

 

“O trabalho foi dobrado, tínhamos muitos servidores infectados e muitos óbitos também. Nós, juntamente com a delegada-geral Emília Ferraz, não medimos esforços para tentar amenizar o máximo possível da dor daqueles que perdiam algum familiar ou que estavam com algum deles internado. É um trabalho árduo, mas que fazemos com muita dedicação”, relata ela.

 

Nas delegacias especializadas, esse profissional também se faz presente, como é o caso da servidora Polyana Andrade, assistente social que atua na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai). Ela ocupa essa função há dois anos e relata que trabalha na prevenção de crianças e adolescentes para evitar que eles cometam algum ato infracional, ou até mesmo, quando esse ato já ocorreu, o trabalho é para mudar essa realidade para que não sejam reincidentes.

 

“Na delegacia temos muitos pedidos de orientação, pessoas que buscam saber qual a melhor forma de lidar com seus filhos, que na maioria das vezes estão próximos a cometer algum ato infracional. Trabalhamos para que o adolescente se reencontre antes de precisar vir à delegacia”, disse a assistente social.

 

Polyana conta, ainda, que quando as crianças e adolescentes já cometeram o ato, é realizado um trabalho para mudar a realidade para que aconteça novamente, pois grande parte deles estão perdidos em meio ao caos do cotidiano, o que torna o trabalho ainda difícil.

 

Na Deaai, a assistente social comenta que atende também crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual e estupro, onde os autores são adolescentes, nesses casos é realizado uma escuta humanizada das famílias e da vítima.

 

Durante a pandemia, os trabalhos também passaram a acontecer de forma remota, a frequência de visitas domiciliares diminuiu, a fim de evitar a proliferação do vírus, e os atendimentos acontecem de forma agendada.

 

A assistência social em uma instituição como a Polícia Civil é de extrema importância, pois com a correria do dia a dia, surgem algumas questões onde é preciso o apoio e a orientação de um profissional com o intuito de melhorar a qualidade de vida da comunidade.

 

FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM

Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM):

*Redação: blogjrnews.com

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