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Cartórios do Amazonas registram redução de óbitos de idosos e aumento na faixa de 20 a 59 anos
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Publicado em 22/04/2021

Dados do Portal da Transparência do Registro Civil apontam redução de até 70% em faixa etária mais alta já vacinada. Óbitos de pessoas mais jovens registram crescimento de mais de 50%.

 

Ainda que em ritmo lento e muitas vezes prejudicada pela falta de insumos e doses, a vacinação em massa de sua população é mesmo a grande saída para o Amazonas superar a grave crise de saúde pública e os prejuízos à economia causados pela Covid-19 que, em janeiro deste ano, registrou o maior índice de mortes no Estado.

 

É o que apontam os dados de óbitos contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do País, que mostram uma redução de 70% nas mortes de pessoas entre 90 e 99 anos; de 57% entre aquelas de 80 a 89 anos; e de 48% entre os que possuem entre 70 e 79 anos – este último grupo ainda em período de quarentena entre as aplicações de doses e efeito da vacina –, na comparação entre a média de óbitos destes grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano.

 

Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 4% do total de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Em março, já com os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 2,7% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 1,1% do total de falecimentos. A faixa entre 80 e 89 anos, passou de uma média de 13,8% do total de mortos para 11,7% em março, e para 5,5% em abril. Já os óbitos entre a população de 70 a 79 anos que, em muitos Estados, acabou de receber a 2ª dose da vacina, passou de uma média 23% do total de óbitos para 11,9% em abril, dando início a uma redução.

 

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

 

“Após todo aquele cenário catastrófico que vivemos entre janeiro e fevereiro deste ano, estes números sinalizam uma importante, senão única, saída para o estado, que é a vacinação em massa”, destaca o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg/AM), Marcelo Lima Filho, destacando que, apesar dos números otimistas da população mais idosa, os Poderes Públicos e a sociedade como um todo devem se atentar aos mais às pessoas mais jovens, que começam a ser, proporcionalmente, mais afetadas pela Covid-19.

 

Mais jovens estão morrendo

Se no começo da pandemia, a faixa etária de pessoas com idades entre 60 e 89 anos eram aquelas que proporcionalmente mais vinham a óbito causado pelo novo coronavírus no Amazonas, este cenário começa a se alterar, com o aumento proporcional de mortes entre pessoas de faixa etária mais jovem, que vão dos 20 aos 59 anos. A mudança teve início em fevereiro, com aumento em março, que se mantém nos primeiros dias de abril.

 

Os óbitos de pessoas com idades entre 20 e 29 anos, que até o mês de março representavam, em média, 1,3% dos falecimentos por Covid, passaram a ser quase 2,3% em abril, o que representa um crescimento de 76% no número de mortes. Já a quantidade de óbitos de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em média, 3,6% das mortes, caiu em abril para 3,5%, tímida redução de 2% no número de mortes por Covid-19.

 

A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos é a mais afetada pelo aumento no número de falecimentos causados pela nova fase da pandemia. Até janeiro de 2021, representavam 11,9% dos óbitos causados pela doença. Em fevereiro passaram a representar 12,8%, em março 12,2% e, nos primeiros dias de abril, já representam 19% do total de mortos pela doença no estado.

 

Em relação à média de óbitos desde o início da pandemia, esta faixa etária, que representava 12,2% dos óbitos, deu um salto e registrou aumento de 56% do número de mortes nos primeiros dias de abril.

 

Também bastante afetada pela Covid-19 nesta 2ª onda da pandemia, a população com idade entre 50 e 59 anos representava, em média, 15% do total de mortes pelo novo coronavírus no primeiro ano completo da pandemia. Em fevereiro passou a representar 17,8%, em março para 18% e, nos primeiros dias de abril, representa 22,6% do total de mortos por Covid-19, um aumento de 28% no número de mortes pela doença.

 

A população entre 60 e 69 anos segue sendo afetada pela pandemia. Até abril de 2020 representavam, em média, 28,7% dos óbitos por Covid no Amazonas. Este número caiu para 25,8% em março deste ano, porém voltou a subir, chegando a 29,7% na primeira quinzena de abril, o que representa um aumento de 32% em relação à médis do período nos óbitos causados pela doença.

 

Foto: Internet

Fonte: Assessoria de Comunicação da Anoreg/AM/Alan Marques

*Redação: blogjrnews.com

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