RD Engenharia é uma das poucas empresas que manteve o auxílio
A pandemia, além dos sérios problemas de saúde causados pelo novo coronavírus, ocasionou situações paralelas que desestabilizaram a economia. As restrições ao funcionamento das empresas afetaram duramente o caixa. A baixa de recursos levou ao corte de despesas, demissões e interrupção de doações. As organizações sem fins lucrativos receberam o impacto em forma de diminuição da entrada de recursos, que em alguns casos, chegou a mais de 30%.
O Lar Batista Janell Doyle, inaugurado em 1996, sentiu o impacto da redução significativa tanto das doações de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas desde o ano passado. A entidade beneficente filiada à Convenção Batista do Amazonas, tem lutado para conseguir o mínimo a fim de não deixar de acolher crianças e adolescentes em situação de risco e não paralisar o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para as famílias da comunidade do Mauazinho.
De acordo com a direção da entidade, durante a pandemia, as doações diminuíram cerca de 40%, concentradas basicamente em pessoas físicas, e que o abrigo conseguiu se manter, principalmente, graças a projeto sociais, emendas parlamentares e empresas que doaram cestas básicas e kits de higiene. O abrigo continuou recebendo muitas cestas básicas, porém, os impactos foram sentidos principalmente na redução dos recursos financeiros.
“No início da pandemia recebemos muitos pedidos de socorro e o abrigo conseguiu manter o seu trabalho ativo entregando cestas básicas e kits de higiene para a comunidade. Famílias que estavam sendo formadas foram beneficiadas com a fábrica de enxoval e outras foram abraçadas pelos serviços sócio assistenciais. O número de pedidos de ajuda, diante da crise, continua a aumentar enquanto as doações caminham no sentido inverso. Como muitos estão desempregados ou as empresas deixaram de faturar, naturalmente, deixaram de contribuir com o abrigo”, informa a diretora Magaly Araújo.
Construtora manteve o auxílio
A RD Engenharia, empresa do ramo de construção e imobiliário, manteve as doações financeiras que realiza há 10 anos para o abrigo, mesmo com a ameaça que a pandemia representou para os negócios. “O compromisso da RD é com o bem-estar da população do Amazonas. No momento em que mais as crianças e jovens precisavam do nosso apoio não era possível recuar. Continuamos ofertando os recursos porque entendemos que o amanhã se constrói hoje desde que cada um assuma a responsabilidade com o seu próximo”, posicionou-se o CEO da RD, empresário Romero reis.
Além da ajuda financeira, a empresa colocou-se à disposição da entidade para solucionar questões relativas a sua área de atuação. “A parceria firmou-se todos esses anos através de recursos financeiros e, em vários momentos, eles nos estenderam as mãos com recursos materiais e serviços. Em 2019, quando uma tempestade derrubou uma árvore e nossa estrutura foi afetada, a RD Engenharia prontamente fez os reparos”, relembrou Magaly.
No ano passado, a construtora reformou várias estruturas do abrigo. Colocou novas calhas e telhados galvanizados. A ação que até então seria corretiva, acabou se tornando uma reforma significativa para o conforto e segurança dos abrigados e funcionários da entidade.
“É muito importante a parte social dentro de uma empresa. Quando patrões e empregados se sensibilizam e se unem para ajudar ao próximo, todos ganham. Nós vivemos de doações, só conseguimos levar a obra adiante se tivermos apoio financeiro. O momento é difícil, mas esperamos que outras empresas também encampem nossa causa. Só assim poderemos atender a todos e não deixar ninguém desassistido. O que corta nossos corações”, declarou Shirley Fontenelle, secretária do abrigo.
O Lar Batista Janell Doyle, que atua há 24 anos no Estado do Amazonas, funciona com quatro tipos de serviços, sendo eles:
1) ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – Acolhimento de crianças e adolescentes, de 0 à 18 anos, incompletos, em situação de risco social;
2) SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculo – atendendo em média 150 famílias do bairro Mauazinho, oferecendo acompanhamento nutricional, palestras educativas, cursos e oficinas profissionalizantes, fábrica de enxoval para grávidas adolescente da comunidade, aulas de espanhol, artesanato e reforço escolar para cerca de 80 crianças;
3) REAME – Serviço de Abordagem Social – Identificação e acompanhamento de indivíduos e famílias em situação de risco pessoal e social como, moradia e/ou situação de rua, trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, ou uso abusivo de álcool e outras drogas, garantido atenção às necessidades imediatas, incluindo-as na Rede de Serviços Socioassistenciais;
4) FAMÍLIA ACOLHEDORA - É uma modalidade também conhecida como guarda subsidiada, pela qual as famílias recebem em casa crianças e adolescentes afastados da família de origem. As famílias acolhedoras são parceiras do sistema de atendimento e auxiliam na preparação para o retorno à família biológica ou para a adoção. Cada família abriga por vez, uma criança ou um adolescente exceto quando se tratam de irmãos.
A coordenação do abrigo faz um apelo à sociedade amazonense. “O trabalho ainda não acabou. Continuamos precisando de doações de cestas básicas, kits de higiene e limpeza, roupas, sapatos e móveis. Estamos todos os dias nas ruas e becos realizando visitas e atendendo às necessidades imediatas das famílias. Os nossos recursos não são como o amor, eles acabam”, explicou Magaly.
Seja um doador
BRADESCO
Agência: 1999
Conta: 25467-3
Chave Pix: contato@larbatistamanaus.org.br
BANCO DO BRASIL
Agência: 1208-4
Conta: 67368-4
Chave Pix: 63692354000164
CNPJ 63.692354/0001-64 – LAR BATISTA JANELL DOYLE
Mais informações
https://www.larbatistamanaus.org/
contato@larbatistamanaus.org
Fonte: Shirley Assis
*Redação: blogjrnews.com