Eternizado em toadas clássicas como Lamento de Raça, Rio Amazonas e Pura Harmonia, o compositor Emerson Maia morreu nesta sexta-feira (14)
Parintins (AM) – "O índio chorou, o branco chorou. Todo mundo está chorando". Dessa vez o choro não é pela Amazônia que está queimando, mas pela perda inestimável de uma das grandes vozes da floresta. O poeta Emerson Maia morreu, aos 66 anos, na madrugada desta sexta-feira (14).
Emerson Maia é um dos grandes compositores do Festival Folclórico de Parintins. Dono de toadas que marcaram gerações.
A causa da morte ainda não foi divulgada, mas o poeta lutava há meses contra uma tuberculose que afetou o fígado. De acordo com informações divulgadas pela Associação folclórica do Garantido, Emerson estava com um quadro de cirrose agravada onde apenas um transplante de fígado poderia aumentar a expectativa de vida.
O presidente do Movimento Amigos do Garantindo, Rogério Ozores, lamentou a perda do poeta.
''O índio partiu, o homem visionário, amigo e grande companheiro que defendia a floresta como nenhum outro em suas belas composições, resolveu deixa-la e ir morar no céu. O Movimento Amigos do Garantido e toda nação vermelha e branca lamenta a partida desse caboclo que contribuiu imensamente para o sucesso desse patrimônio cultural que é o Festival Folclórico de Parintins. Descanse em paz Senhor da Maromba que desde curumim tinha como alegria, sua fantasia do seu Boi Bumbá''.
Em nota, o presidente do boi Caprichoso, Jender Lobato, e o vice-presidente, Karu Carvalho também lamentaram a morte do artista e o homenagearam.
"Em suas poesias, Emerson Maia sempre exaltou a beleza da Floresta, dos rios e de todo o seu ecossistema. Foi uma voz atuante por meio de suas poesias na defesa da floresta amazônica''.
Emerson Maia foi autor de toadas clássicas do Festival Folclórico de Parintins, como Lamento de raça, Rio Amazonas e Pura Harmonia.
Foto: Divulgação
Por: Ana Gadelha/Emtempo
*Redação: blogjrnews.com