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Artigo de Opinião
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Publicado em 23/07/2020

Quando se fala em festival folclórico de Parintins muitos sentimentos são positivamente reunidos e atingem torcedores dos bumbás nos quatro cantos do mundo, para que aconteça o maior evento do planeta. Sou feliz por nascer neste berço esplêndido onde respiramos a arte que vem da floresta, que conduz cada artista de um povo que só quer viver em harmonia e usufruir do seu direito de ir e vir. Conforme o §1º, parágrafo único da Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo.”

 

Recentemente essa frase perdeu a força aqui pela ilha tupinambarana. Nos bastidores bovinos a história não é de magia muito menos de amor, tornou-se perante a justiça do trabalho o jogo da paciência, os abusivos desvios de direitos, sob os olhos do artista trabalhador que há mais de três anos lutam para vencer na espera da resposta de uma solução de seus direitos. Esse enredo é a luta democrática que será cantada para as famílias que esperam por esse recurso em tempos de pandemia. Pessoas que ganham suas rendas através de seus respectivos salários movido pela economia cultural torcem para que se estabilize o problema das dívidas dos bumbás, mas há uma voz negativa que soa nos ouvidos dos que contribuem para a realização  da festa “o recurso não vai dar para realizar os pagamentos” e assim vão escrevendo a história obscura de suas nações.

 

A subseção da OAB Parintins oficiou a Procuradoria Geral do Trabalho, em Manaus sobre a recorrente falta de conexão com a Internet na sede da Vara do Trabalho, em Parintins dificultando sobremaneira o trabalho dos servidores e gerando constantes transtornos ao exercício da advocacia. Enquanto a justiça do trabalho está na (UTI), decisões são tomadas sem o conhecimento dos advogados que fizeram acordo com a justiça e os presidentes das agremiações.

 

Ironicamente festejam a vitória de não levar a leilão os patrimônios dos bois e sem sombra de dúvidas, não sabemos quando tudo isso se resolverá. Aos torcedores que amam a cultura, abram os olhos, soltem a voz da justiça, levantem a bandeira do bem comum em prol aos artistas que já contribuíram e só querem seus direitos. Ninguém pode festejar a infelicidade do seu próximo e muito menos aumentar seu lucro em cima da desgraça alheia.

 

A decisão provisória não é vitória; não é troféu. É apenas desrespeito aos direitos dos artistas que, talvez terão que esperar por mais três longos anos por justiça.

 

Foto: Divulgação

Por Gilson Matos/Acadêmico de Jornalismo, da Universidade Federal do Amazonas, Campus Parintins

*Redação: blogjrnews.com

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