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Sistema de regulação da Susam otimiza tempo de transferência de pacientes no Amazonas
Arte & Cultura
Publicado em 03/06/2020

Em um ano de funcionamento, 11,9 mil transferências foram autorizadas pelo Sister

 

Após um ano de implementação do Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister) da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), o tempo de transferência de pacientes para unidades de urgência e emergência reduziu, em Manaus, de 48 horas para 12 horas; e no interior, de até 5 dias para 33 horas. Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a ferramenta tem sido fundamental para garantir a remoção, em tempo hábil, de pacientes que precisam de atendimento de alta complexidade para as unidades de referência da capital.

 

“O Sister é um sistema de transferência regulada, que organiza o acesso e garante o atendimento do usuário de uma unidade de menor complexidade para uma unidade de maior complexidade, dependendo da necessidade dele. Ele é utilizado para trazermos os pacientes do interior para Manaus e também dos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para uma unidade de maior complexidade”, explica a coordenadora das Centrais de Internação e Urgência do Complexo Regulador do Amazonas, Mônica Melo.

 

Antes da criação da ferramenta, a regulação era realizada via telefone ou WhatsApp, o que não permitia unificar o sistema. O Sister formalizou, organizou a fila de pacientes e deu mais transparência ao processo. “Ele (Sister) garante o acesso. O paciente vem já com o leito reservado, com o médico que irá atendê-lo ou, no caso de um exame, já vem com agendamento para ser realizado”, detalhou Mônica Melo, ao ressaltar que um questionário específico para pacientes de Covid-19 foi criado, no início da pandemia.

 

A secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, avalia que a implantação de um sistema integrado, que possibilite ter informações sobre os pacientes internados e que precisam de remoção em todo o estado, é um grande avanço alcançado pela Susam, principalmente quando se leva em consideração as características geográficas do Amazonas.

 

“Com 61 municípios espalhados em uma área tão grande quanto é a do estado do Amazonas, ter uma ferramenta como Sister é fundamental para que a secretaria consiga oferecer atendimento aos amazonenses que estão fora da capital. A ideia é que consigamos aprimorar o sistema, constantemente, para que se torne cada vez mais eficiente”, observou a titular da Susam.

 

 

Redução – Em um ano de funcionamento, 11,9 mil transferências foram autorizadas pelo Sister, sendo 4,7 mil na capital e 7,1 mil nos municípios do interior. Antes, o paciente do interior aguardava de três a cinco dias, em média, para ser transferido para a capital. Hoje, a média de espera é de 33 horas. Em Manaus, a espera reduziu de 48 horas para 12 horas.

 

“Esse procedimento acontece por solicitação dos médicos que estão nas unidades solicitantes. É um formulário preenchido com todos os dados do paciente em questão, condições clínicas, todas as características de urgência. O médico da regulação do Sister avalia esse formulário, classifica e qualifica o grau de urgência e emergência, verifica qual é a necessidade daquele paciente e que leitos nós temos na rede. Então, a gente faz a regulação dos leitos”, pontuou a médica reguladora Larissa Damasceno.

 

A redução do tempo de espera por um leito ou procedimento de urgência e emergência representa, para o paciente, mais chances de recuperação.

 

“Ele (paciente) chega mais rápido ao leito de suporte e o sistema não fica desorganizado, que era o que acontecia antes. Às vezes o paciente estava em uma condição clínica muito difícil, a unidade solicitante tinha a obrigação de transferir imediatamente, sem um norte, e isso causava um agravo. Hoje o sistema de regulação, além de conseguir reduzir esse tempo, consegue mapear os leitos e ofertar para a população um leito mais seguro com o suporte necessário. Isso repercute sim na qualidade do atendimento e nas chances do paciente”, assegura a médica.

 

FOTOS: Rell Santos/Secom

*Redação: blogjrnews.com

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