O momento que vivemos é grave, e justamente por ser grave, é fundamental que todos façamos o que deve ser feito. Quem pode deve ficar em casa. Já os governantes, devem estar 24 horas por dia trabalhando para que esse período passe o mais rápido possível. Não precisamos inventar a roda. Precisamos fazer o que se sabe que é necessário fazer. Mandar um doente da porta do hospital pra casa é desumano.
É urgente que providenciemos leitos e profissionais. Se vai haver o endividamento do estado ou do município? Sim, talvez. Mas tempos excepcionais, exigem medidas excepcionais.
A compra de equipamentos de teste eficazes depende de autorização da ANVISA e de desembaraço alfandegário, além de ser cara.
A compra deve estar sendo providenciada nesse momento, mas não podemos esperar ter os testes e os respiradores pra fazer algo. Há a necessidade da ação imediata e eu repito, mandar um doente da porta do hospital pra casa é desumano.
Precisamos de lugares onde possamos atender o paciente que deve permanecer internado, mas que não necessita de uma UTI. Negar atendimento afeta emocionalmente médico e paciente. É necessário construir centros de atendimento de baixa complexidade, contando inclusive com psicólogos.
Nesse momento não deve haver nenhum profissional da saúde desempregado. E vou além para atendimento num centro de atendimento de baixa complexidade, deveríamos recrutar profissionais da odontologia, e até mesmo cuidadores.
Devemos também disponibilizar apoio psicológico a quem busca atendimento, bem como a seus familiares. Nenhuma vida deve ser abandonada. Nenhum profissional da saúde pode ser prescindido.
Devemos transformar a Arena da Amazônia, Amadeu Teixeira, Vasco Vasquez, centro de convenções e avenida do samba num gigantesco centro de atendimento de baixa complexidade.
Ali seriam atendidas as pessoas que precisam de um cuidado maior do que o que se dispõe em casa, mas que não necessitam de uma UTI. Precisamos salvar vidas. Não podemos ter medo de ousar pra salvar vidas.
Fonte: Bruna Souza
*Redação: blogjrnews.com