O tema do combate à corrupção destaca-se no debate político nacional dos últimos anos e é tido como fundamental para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. Um grupo de jovens empresários decidiu discutir com especialistas e demais interessados o impacto de um sistema que pode ser a solução para este que é considerado um dos mais graves problemas do país.
Assim surgiu o Painel Interativo
“Anti-Corrupção e Compliance”, iniciativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas-Jovem (CDL-Jovem), que ocorreu na tarde desta quinta-feira (13), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), reuniu empresários, advogados, estudantes e outros atores sociais interessados no modelo que valoriza as boas práticas da ética administrativa na gestão de negócios públicos ou privados.
“Essa iniciativa da CDL Jovem é fantástica. A constituição de uma sociedade adequada, próspera e desenvolvida passa pela aplicação de regras anti-corrupção. Nesse sentido, compliance é fundamental”, diz o diretor-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus, Romero Reis, um dos convidados para a mesa de debate, que contou ainda com a presença do empresário Jaime Benchimol, do superintendente da Suframa, Alfredo Menezes e do advogado Jorge Sánchez.
Palestrante oficial do evento, o paulista Jorge Sánchez é fundador da Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito), instituição que virou um exemplo de combate à corrupção no Brasil, já que conseguiu, com a mobilização de seus associados e da população local, processar e afastar da vida pública vários políticos e representantes populares com comprovados atos de corrupção, improbidade e demais desvios éticos, levando a experiência do trabalho desenvolvido pelos associados para dentro e fora do Brasil.
Na palestra, Sanchez falou sobre o case da Amarribo, com foco direcionado no modelo de compliance, regulamentado por lei no Brasil desde 2013. “O compliance é um conjunto de regras que previnem a corrupção nas empresas e na relação das empresas com o setor público. Ela traz uma responsabilidade objetiva às empresas. Se um funcionário da empresa subornar um servidor público, por exemplo, a empresa será responsabilizada, sem prejuízo de o funcionário sofrer sanções também”, explica Sánchez.
De acordo com o vice-presidente da CDL Jovem, Victor Gonzales, a proposta do evento era de trazer consciência sobre um tema que já é amplamente debatido na iniciativa privada, mas que pode e deve ser trazido também para o âmbito público. “A gente vê empresas querendo mostrar que são transparentes para seus fornecedores, clientes, acionistas. E por que não trazer essas boas práticas para a administração pública também”? questiona Gonzales.
Fonte: Shirley Assis
*Redação: blogjrnews.com