Defesa de Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama, informou que Elisabeth só soube no CDPM 1 como funciona o procedimento de cadastro para visitar o filho. "Qualquer alegação diferente é feita com mero objetivo de expor uma mãe e a sua tentativa de acesso ao próprio filho", diz trecho de comunicado
Advogado de defesa de Alejandro Valeiko, 30, preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM) 1 por suspeita de envolvimento no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues, 42, informou que a primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, mãe de Alejandro, não tentou burlar qualquer sistema de segurança para visitar o filho, neste domingo (08), na unidade prisional localizada no quilômetro 8 da BR-174.
Em nota, o advogado Marco Aurélio Choy, que compõe a defesa de Alejandro, destacou que a primeira-dama foi ao local com o intuito de realizar cadastro e ter o direito de visitar o filho, "como qualquer uma de tantas mães que peregrinam pelo sistema prisional do Estado, sem o acesso correto e ágil às informações que garantam visitas aos seus filhos".
Ainda de acordo com ele, após entrar no local, é que fora informado a ela o procedimento de cadastro. "Qualquer alegação diferente é feita com mero objetivo de expor uma mãe e a sua tentativa de acesso ao próprio filho – para se continuar politizando indevidamente o caso o que é lamentável", informou na nota, acrescentando ainda que a advogada que acompanhou a primeira-dama realizou o direito ao parlatório sendo que a Elisabeth aguardou do lado de fora.
Entenda
Por volta das 16h de hoje primeira-dama do município de Manaus tentou entrar no CDPM para visitar o filho Alejandro Valeiko. A cena gerou revolta entre esposas e mães de presos que desde as 5h formavam uma fila para tentar visitar companheiros e familiares presos na unidade. A primeira-dama foi acusada pelas pessoas que aguardavam do lado de fora, de tentar 'furar fila' para visitar o filho.
Durante a tentativa de visita, Elisabeth estava na companhia de uma advogada, e passou pela portaria do CDPM em um carro modelo SW4, escoltada por dois policiais militares, que estavam em um Corolla branco.
A Coordenação do Sistema Prisional (Cosipe) da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) detectou a presença e proibiu a entrada no estabelecimento penitenciário, uma vez que a mesma não possui cadastro de visitante. Ela também levava um bolo e um salgado, os quais não puderam ser entregues ao filho, pois a entrada de comida externa está proibida desde o mês de julho, em cumprimento à Portaria Interna n. 072/2019.
Em nota enviada para reportagem de A Crítica, a Seap informa que o procedimento para visitação deve ser realizado por meio de um cadastro no aplicativo Visita Legal. Em seguida, os familiares devem agendar atendimento na Central de Atendimento às Famílias, localizada na rua Gabriel Salgado, s/n, Centro de Manaus.
"Em relação aos policiais militares que faziam a escolta da primeira-dama, a Seap informa que comunicará o fato à corregedoria do sistema para apurar suas condutas. A Seap reitera que não há privilégio no atendimento a visitantes do sistema prisional", conclui o comunicado.
Foto: Arquivo AC / Reprodução
Por: Portal A Crítica
*Redação: blogjrnews.com