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FCecon oferece cirurgia inovadora sem cicatriz contra câncer de tireoide
Saúde e Ciências
Publicado em 21/11/2019

O câncer de tireoide é o mais comum da região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. O procedimento para a retirada do nódulo é a cirurgia, que deixa uma cicatriz no pescoço – de 5 a 15 cm –, dependendo do tamanho do tumor. Esteticamente, a cicatriz incomoda homens e mulheres, principalmente os que têm problemas de cicatrização.

 

Na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) os pacientes já contam com uma cirurgia inovadora que “não deixa a cicatriz”, de acordo com o diretor técnico-científico, Marco Antônio Cruz Rocha. Ele ressalta que a Fundação é o primeiro hospital do estado e da região Norte a oferecer a TOETVA (tireoidectomia endoscópica transoral por acesso vestibular).

 

Médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Marco Antônio diz que o procedimento foi implantado na Fundação há um ano, tendo chegado ao Brasil há menos de cinco anos.  “É um procedimento muito novo na área médica. A cirurgia consiste em um corte feito na mucosa da boca para acesso ao pescoço, que possibilita a retirada da tireoide. Três pacientes foram submetidos à cirurgia. Realizamos uma no início deste ano em uma mulher de 36 anos”, comemora.

 

Duração – Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Fábio Arruda Bindá, salienta que a cirurgia é rápida, pois dura 120 minutos. Contudo, mesmo assim, ainda é mais demorada que a cirurgia tradicional, pois é uma novidade. Ele destaca que, como qualquer procedimento cirúrgico, o paciente é exposto aos mesmos riscos e, assim, precisa passar pelos procedimentos pré-operatórios.

 

 

Critérios – Segundo Bindá, para ser submetido ao novo procedimento é preciso que o nódulo tenha até 3 cm, esteja localizado em apenas um dos lados da tireoide e tenha uma anatomia favorável. “Nódulos maiores inviabilizam a retirada pela região vestibular da boca”, lamenta.

 

Tireoide – É uma glândula localizada na região anterior baixa do pescoço, e um nódulo no local não é indicação de câncer. Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia do pescoço (que já foram submetidos à radioterapia) ou história familiar de câncer da tireoide é considerado suspeito.

 

Números – Conforme estimativas do Inca, em 2018, eram previstos 9.610 novos casos de câncer de tireoide no Brasil, sendo 1.570 em homens e 8.040 em mulheres. No Amazonas, a estimativa é de que 3,30 mulheres para cada 100 mil desenvolvam a doença, enquanto a estimativa para homens é de 0,70. 

 

Bindá diz que há o mito dos hormônios femininos para justificar a prevalência maior entre as mulheres, o que é uma inverdade. Ele esclarece que a maioria dos nódulos é benigno, mas entre 5% e 10% são malignos.

 

Atendimentos – O serviço de Cabeça e Pescoço da FCecon realizou, no período de janeiro a setembro deste ano, mais de 2.902 consultas ambulatoriais e 327 cirurgias. Segundo o médico especialista, os casos de câncer de tireoide são a maior demanda do serviço.

 

“Os casos de câncer de tireoide que chegam à Fundação estão em fase inicial, devido ao acesso da população aos meios de diagnóstico. Trata-se de um câncer que não é tão agressivo em relação aos outros. Assim, a mortalidade é baixa quando diagnosticado no começo”, disse Bindá.

 

FOTOS: Luís Mansueto (Fábio Bindá), Fábio Bindá (Cirurgia tireoide) e Divulgação/FCecon (Cirurgia tireoide_2)

Assessoria de Comunicação da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon):

Laís Motta (98825-1372) e Luís Mansueto (3655-4784 e 99103-0959)

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde

(Susam): 3643-6304 e 98407-1699.

E-mail: comunicacao@saude.am.gov.br

*Redação: blogjrnews.com

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