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Escola estadual do São Jorge retrata feminicídio para falar sobre monumento de Manaus
Educação
Publicado em 08/11/2019

Ao todo, 140 escolas retrataram patrimônios históricos durante projeto interdisciplinar realizado pelo Secretaria de Estado de Educação e Desporto

 

Um dos casos de feminicídio de mais repercussão em Manaus garantiu o primeiro lugar à Escola Estadual Castelo Branco no projeto interdisciplinar “O Patrimônio Histórico Cultural no Contexto da Educação Escolar”, promovido pelo Centro de Formação Padre José Anchieta (Cepan), da Secretaria de Estadual de Educação e Desporto. Os alunos retrataram a morte da tenente Roxana Bonessi – assassinada em 2002 pelo ex-amante – e o monumento erguido em sua homenagem, na avenida São Jorge, na zona oeste da capital.

 

A gerente de Formação do Cepan, Adriana Passos, explicou que o projeto interdisciplinar é o resultado de uma formação que trabalhou com 140 escolas, sendo 20 de cada uma das sete coordenadorias da capital. A partir da formação, os professores envolvidos precisaram desenvolver um projeto que falasse dos patrimônios da cidade, em alusão aos 350 anos de Manaus.

 

“É uma iniciativa pioneira no Cepan, e nós pretendemos continuar com ela. O nosso projeto ‘Educação Patrimonial’ vai permanecer com outra temática no ano que vem, outros temas que possam ser pertinentes para as escolas. Além de sugerir que os professores trabalhem essa temática de valorização do que nós temos. Ao final do projeto, os professores serão incentivados a escrever um artigo que será publicado em uma revista da Ufam (Universidade Federal do Amazonas)”, ressalta Adriana.

 

Ana Lucena, diretora do Cepan, era amiga de Bonessi e ficou emocionada ao falar com os alunos e professores que trataram do assassinato da tenente. “Foi uma linda homenagem unida a uma crítica aos crimes que acontecem todos os dias com as mulheres do Amazonas e do Brasil”, pontuou.

 

Apresentações – Sete escolas finalistas mostraram suas interpretações sobre os 350 anos da cidade e passearam pelo nascimento da capital, as relações dos alunos com os bairros Cidade Nova, Praça 14 e Morro da Liberdade. As apresentações foram embaladas por toadas e artistas locais, como Raízes Caboclas.

 

 

Nesta última fase, que aconteceu no auditório da Escola Estadual Senador Petrônio Portella Sete, participaram cerca de 175 alunos e 30 professores. A escola Castelo Branco obteve 499 pontos e foi a primeira colocada. Em seguida vieram Paula Ângela Frassinetti e Arthur Virgílio, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Elas fizeram 495 e 485 pontos.

 

A Escola Estadual Paula Ângela Frassinetti abordou “Uma proposta de incentivo ao respeito, valorização e preservação das diversidades culturais que constituem o patrimônio cultural do bairro Morro da Liberdade e da cidade de Manaus”, e a escola Arthur Virgílio teve o tema “Rememorando nossos 350 anos através do Museu da Cidade de Manaus”.

 

Premiação – Três professores ganhadores do primeiro lugar garantiram passagem para Águas de Lindóia (SP) e inscrição no Congresso de Formação, que acontece em 2020. Além disso, a escola ganhou uma lousa digital e computadores. Os alunos ganharam um passeio guiado pelo Centro Histórico de Manaus. As outras seis escolas participantes também ganharam lousas digitais e computadores fornecidos pela secretaria, além de kits de livros.

 

FOTOS: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto:

Lívia Anselmo (99434-1005), Martha Bernardo (98151-4487) e Lorena Furtado (98127-7842).

*Redação: blogjrnews.com

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