Insinuações tiram o foco do que seria o principal: solucionar o problema, diz Camarotti
Causou desconforto em vários setores do governo a insinuação feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que o derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste poderia estar relacionado com uma embarcação do Greenpeace.
No início da tarde desta quinta-feira (25), Salles publicou comentário em rede social se referindo ao navio do Greenpeace como "#greenpixe", associando a embarcação às manchas de óleo.
A avaliação de integrantes da ala militar do governo é de que esse tipo de declaração tira o foco do principal: a reação feita para minimizar os efeitos do que já é considerado o maior desastre ambiental do litoral brasileiro.
"Como o ministro fez, fica parecendo uma manobra diversionista para desviar do foco principal. Mas estamos presentes nas praias do Nordeste. Esse tipo de fala só atrapalha", disse ao blog um auxiliar graduado da área militar.
Diante da afirmação de Salles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou explicações. Não é a primeira vez que uma autoridade faz insinuações de participação de ONGs em desastres ambientais.
Durante o aumento das queimadas na floresta amazônica, o próprio presidente Jair Bolsonaro chegou a sugerir o envolvimento de ONGs no episódio.
Nesta semana, o presidente prestou esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fala que envolveu as ONGs. As explicações foram solicitadas pela Associação Civil Alternativa Terrazul.
Segundo Bolsonaro, as afirmações foram "discurso político" e que ele não teve objetivo de atingir ou ferir a honra de ninguém.
Imagem Divulgação
Por: Folha Impacto
*Redação: blogjrnews.com