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Em meio à modernidade, Manaus 'raiz' ainda encontra espaço entre manauaras
Capital & Municípios
Publicado em 24/10/2019

Do jaraqui ao Largo São Sebastião, valorizando o que é nosso, manauenses contam quais os locais e iguarias preferidas existentes na capital

 

A Manaus de vários rostos, sotaques e manifestações culturais guarda opiniões únicas de locais preferidos e das comidas que têm a “cara” daqui que nem mesmo a globalização e sua característica multifacetária conseguiram acabar. Pelo contrário: o amor do manauense pelo que é seu, das suas raízes, é crescente.

 

A rica e exótica culinária regional, de espécies únicas e curiosas sempre encontrará guarida no paladar do mais simples ao mais abastado dos manauenses. E o jaraqui-açú é o peixe que literalmente alimenta essa paixão. De nome científico Semaprochilodus insignis, ou simplesmente jaraqui, ele tem carne nutritiva e é saboreado frito tanto com farinha quanto com arroz, baião, vinagrete, farofa e banana frita, ou em forma de caldeirada, assado ou a la escabeche.

 

Seja qual forma ele for preparado o sabor é único e capaz de dar água na boca em qualquer pessoa. O engenheiro civil Mesque Silva de Oliveira, 47, é tão amante do peixe que em sua peixaria, a Coreto, localizada na área externa do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, a iguaria é um dos carros-chefes.

 

“O jaraqui é um dos peixes mais tradicionais da nossa cidade e eu diria que tem uma tradição, não só nossa manauara, mas de muitos turistas que vêm à cidade e o desejam. Ele ficou famoso não só em Manaus mas também em outras cidades”, disse ele, saboreando um “jaraca”, como é popularmente conhecida a espécie, de um jeito diferente, com a opção de fritá-lo na farinha de uariní.

 

“Sou manauara e amazonense, e ainda não que não fosse, se eu comesse esse peixe não sairia mais daqui. Fritando- na farinha de uariní também valorizamos a nossa farinha que é iguaria regional nossa”, completa o engenheiro e comerciante, relembrando o célebre ditado popular em alusão ao jaraqui.

 

Largo da felicidade

A dona de casa Andréia Fernandes, 42,tem como um dos seus locais preferidos o Largo São Sebastião, um dos pontos mais frequentados do Centro Histórico da capital.

 

“Gosto de vir aqui no Largo principalmente às quartas-feiras, sempre com a família e meus filhos. Me encanta o Teatro Amazonas, nossa praça, nossa linda Igreja de São Sebastião, e aqui encontramos famílias e pessoas de qualidade, bem como turistas”, diz a dona de casa, que é casada e tem dois filhos, uma mocinha de 14 anos e outra de 10.

 

Segundo ela, o Largo São Sebastião, além de ser um exemplo de beleza arquitetônica por todo conjunto histórico que abriga, deveria receber mais eventos culturais como apresentações de artistas. “No momento, o que temos atualmente são eventos às quartas-feiras, que nos fazem sair de casa e correr na praça com as nossas crianças, ver as pessoas, tomar um chopinho, quemm gosta, e, às vezes, comer alguma coisa, apesar de nós sermos daqui da região, ainda acho que os preços são um pouco excessivos, caros”, diz ela, apreciadora do tambaqui assado todos os domingos. Mas em sua residência.

 

Guia ajuda a escolher diversões

O jornal A CRÍTICA traz encartado na edição de hoje, 24 de outubro, dia do aniversário da capital, um presente para os seus leitores. Trata-se do “Guia A CRÍTICA Manaus 350 Anos”.

 

Nele, você poderá ler sobre os melhores passeios, pontos turísticos, restaurantes e demais points da cidade na opinião de nossos jornalistas e de uma série de convidados que vão emocionar quem comprar o exemplar do matutino criado há mais de 60 anos pelo saudoso jornalista Umberto Calderaro Filho.

 

A finalidade da publicação é mostrar que, em um mundo onde a tendência de consumo se ergue sobre tablets, celulares e microcomputadores, ainda vale lembrar que existe uma Manaus belíssima para conhecer, e que nos permite vivenciar suas cores e lugares em qualquer tempo.

 

A seleção feita com muito carinho e atenção pela equipe de jornalistas de A CRÍTICA. Como o desafio muitas vezes é encontrar bons lugares que incluam as crianças na vivência urbana, demos um maior destaque a lugares que atendem às famílias com filhos. Há espaços que têm mobilidade segura para crianças, restaurantes com espaço kids, lugares com atividades artísticas e esportivas para os pequenos e muito mais.

 

O guia reforça a importância dos passeios em família, dos piqueniques na praça, dos pais e mães ao empurrar as bicicletas sem rodinhas com os filhos no comando, de contemplar os animais de forma respeitosa e, principalmente, de viver Manaus como ela merece.

 

Foto: Euzivaldo Queiroz

PAULO ANDRÉ NUNES/A crítica

*Redação: blogjrnews.com

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