O advogado Yuri Dantas, um dos integrantes da equipe de defesa de Alejandro Molina Valeiko, 29, investigado pela Polícia Civil do AM pelo envolvimento no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, afirmou nesta quarta-feira (9) que a cela onde seu cliente está não é adequada por ele ser dependente químico. Alejandro cumpre prisão temporária na sede da 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), situado na Av. Coronel Teixeira, no Santo Agostinho, Zona Oeste de Manaus.
De acordo com laudo médico realizado por psiquiatra no Rio de Janeiro, o filho da primeira-dama, Elisabeth Valeiko, e enteado do prefeito de Manaus, Arthur Neto, possui esquizofrenia e personalidade dissocial, além de ser dependente químico.
“Ele precisa de cuidados médicos. Sem cuidados médicos, ele vai brevemente entrar com sérios problemas de saúde. Sentir os efeitos da abstinência é complicado para qualquer dependente químico”, afirma o advogado.
A recomendação da equipe médica, anexada à decisão do desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, que converteu a prisão domiciliar em temporária, determina que Alejandro deve tomar medicamentos três vezes durante o dia. “Os remédios visam impedir que aconteçam crises, e no local onde ele está isso pode acabar acontecendo. Os efeitos disso para quem teve cerceado o consumo de drogas pode ser grave”, diz Yuri.
Questionado sobre o processo de medicação no 19º DIP, a defesa informa que ele está sendo medicado com normalidade. No entanto, Dantas afirma que “vai continuar trabalhando para que ele esteja em um local adequado”.
Problemas com os medicamentos no CDPM 1
Após ter a prisão domiciliar revogada na segunda-feira (7) pela Justiça do Amazonas, o investigado foi encaminhado para a triagem do Centro de Detenção Provisória (CDPM) 1, que é o primeiro passo para dar entrada no sistema penitenciário.
Alejandro foi incluído no sistema da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) por volta de 20h de segunda (7). Segundo Dantas, na primeira noite internado no Central de Recebimento e Triagem (CRT), ele teve que ficar sem poder ser medicado, por conta da ausência de médicos no horário noturno.
“Considero que ele não deveria ter entrado no sistema após o horário legal, ainda mais nesse contexto de ausência de equipe médica no local”, diz Yuri que complementa: "Os medicamentos precisam passar pelo crivo de um médico da SEAP. E não havia médico disponível no horário. Somente pela manhã de terça-feira é que ele foi medicado”, afirma.
Após o CRT, Alejandro chegou a ficar custodiado por algumas horas no CDPM 1, no quilômetro 8 da BR-174. Posteriormente, ele foi encaminhado para uma cela no 19° DIP, em cumprimento à decisão do desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos.
Foto: Winnetou Almeida
CLEY MEDEIROS/PORTAL ACRÍTICA
*Redação: blogjrnews.com