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A farra de combustível em Urucurituba: para onde vai tanta grana?
Capital & Municípios
Publicado em 20/08/2019

Funcionária pública, que é também, dona de posto de combustível é investigada. Ao todo, em três anos, foram repassados mais de R$ 14 milhões dos cofres públicos para a empresária.

 

Urucurituba (AM) - O tribunal de Contas do Amazonas (TCE) abriu investigação na última segunda-feira (12), para apurar irregularidades nos processos licitatórios em nome da empresária Gracilene Nascimento Silva (processo nº 14624/2019).

 

De acordo com o órgão, a empresa de Gracilene, localizada na avenida Presidente Castelo Branco, no Centro de Urucurituba, no interior do Amazonas, venceu três licitações entre os anos de 2017 e 2019, com o valor de R$ 7.117.740; R$ 3.600.000; e R$3.512.075, respectivamente, que somam o montante de R$ 14.229.815 para o fornecimento de combustíveis e derivados de petróleo para a prefeitura municipal daquela cidade.

 

 

O Portal EM TEMPO recebeu com exclusividades, documentos que comprovam as denúncias feitas por funcionários públicos, que pediram sigilo na divulgação dos nomes, por medo de represália.

 

Segundo informações, Gracielene é professora concursada da prefeitura e ocupa, atualmente, o cargo de diretora da Escola Municipal Dijanira Neves da Lima, além de ser proprietária do Posto de Combustível do Joca, fato que é proibido pelo Artigo 9º da Lei de Licitações que não permite a participação de servidor público em licitações da prefeitura municipal.

 

“Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação”, diz a lei.

 

Ainda de acordo com uma fonte, a denúncia consiste, também, no fato do presidente da comissão de licitação nos anos de 2017 e 2018, Ivoney Guimarães Menezes, ser casado com a filha da empresária, tendo presidido as licitações em que a sogra foi vencedora. “A nossa cidade está um caos, para completar o irmão da investigada, Edval Nascimento da Silva, é membro da comissão de licitação da nossa cidade”, contou o funcionário público, de 42 anos.

 

 

Um morador da cidade, lembrou à reportagem que o município é pequeno e questionou para onde foi o dinheiro, uma vez que são poucos os veículos à disposição da Prefeitura.“Eu fico imaginando o que fazer com R$ 14 milhões em gasolina e se ela foi vendida realmente, porque aqui, a prefeitura tem 10 carros a serviço, e eu acredito que tenha rodando cerca de 100 automóveis na cidade. Para onde foi esse dinheiro? ”, indagou o homem, de 56 anos, que pediu sigilo.

 

Por telefone, o Portal EM TEMPO, procurou o prefeito de Urucurituba, José Claudenor de Castro Pontes, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), para se manifestar sobre o assunto, porém, o número repassado pela assessoria de comunicação, não foi atendido.

 

Procurada para dar esclarecimento sobre os fatos da investigação, a professora Gracilene Nascimento Silva, não foi localizada, mas, na página oficial do Facebook, em perfil, a também, empresária, diz que trabalha e exerce as duas funções. Vale ressaltar, que o espaço está aberto para que ela possa se pronunciar.

 

No começo do mês de agosto, o Portal EM TEMPO recebeu denuncias, dos moradores daquele município, informando que o prédio da Prefeitura Municipal de Urucurituba, teve a fiação da energia elétrica cortada pela Amazonas Energia, por falta de pagamento.

 

Foto: Divulgação

Por: SUZANA MARTINS/Em Tempo

*Redação: blogjrnews.com

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