Foi uma noite de música, diversão e de aliviar um pouco a saudade do país de nascimento. O Happy Hour do Serviço de Acolhimento Institucional de Indivíduos e Famílias (Saiaf), mais conhecido como Abrigo do Coroado, agora coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), realizado nesta sexta-feira (16/08) à noite, teve o objetivo de fortalecer a convivência social e comunitária entre os abrigados daquele espaço. A programação contemplou aspectos culturais do Brasil e da Venezuela, com o objetivo de reduzir a carga de estresse da comunidade acolhida e também de estimular a convivência social e comunitária.
O Happy Hour contou com a participação dos músicos Elias Brasiliano (brasileiro); Richard Alberto Madrid (venezuelano); Jordi Rodriguez (venezuelano) e com as performances do Mestre-Sala e da Porta-Bandeira da Escola de Samba do Reino Unido da Liberdade. Com exceção de Richard, que é abrigado, os demais artistas trabalharam de forma voluntária.
A diretora do Saiaf do Coroado, Darci Ramos Amorim, explica que a iniciativa teve a proposta de fortalecer a convivência social e comunitária: “Com essa ação, estamos mostrando para eles que viver em comunidade é muito bom. E aqui, embora seja uma moradia temporária, é uma comunidade. Existem muitas pessoas talentosas aqui dentro. Por isso criamos essa programação, contemplando a cultura deles e também mostrando um pouco da nossa”.
Aos 66 anos de idade, Elizabeth Velásquez era uma das mais animadas. Mostrando muita desenvoltura, ela dançou muito ao som de músicas venezuelanas. Conhecida por gostar de “bailar”, arrancou muitos aplausos pela sua animação.
Com um filho graduado em Engenharia da Computação, ela diz que é muito grata ao Brasil, pois na Venezuela chegou a passar fome e preferi quase 20 quilos por falta do que comer. “Eu gosto muito do Brasil. Meu sonho é que meu filho consiga um trabalho, para que a gente possa ficar definitivamente no Brasil”, resumiu.
O abrigado Richard Alberto Madri, de Puerto Ordaz, é graduado em Educação Física, Desporto e Cultura, na Venezuela. No Happy Hour, animou bastante os colegas ao cantar "La Bamba" e outros sucessos da música de seu país. Ele disse que o sentimento que experimenta em solo amazonense e, particularmente no abrigo, é de segurança e gratidão.
“Sinto-me muito agradecido por todo o apoio recebido aqui. Já tenho documentos, recebo alimentação e abrigo. Sinto-me seguro, respeitado. Por isso agradeço muito por esse tratamento humanitário”, frisou.
A proposta é que outros eventos como o Happy Hour ocorram no Saiaf do Coroado e para isso a Seas está investindo na criação de uma rede de voluntários que possam desenvolver programações artísticas e culturais com adultos e crianças e em outras áreas. A proposta é que com esse apoio, os abrigados possam criar autonomia para ter um trabalho e ter seu próprio espaço de moradia.
FOTOS: Jander da Silva Souza
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Ação Social (Seas):
*Redação: blogjrnews.com