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Palestra sobre Maria da Penha esclarece mulheres sobre denúncias
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Publicado em 16/08/2019

O Centro Estadual de Convivência da Família (Cecf) Teonízia Lobo, no bairro Amazonino Mendes, zona leste de Manaus, administrado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), encerrou a semana de palestras voltadas à Lei Maria da Penha, que neste mês de agosto completou 13 anos. O ciclo de palestras foi fechado com a participação da representante do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), a assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcanti, que atua no 1º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, localizado na cidade Nova, zona norte,

 

Em sua explanação, a assistente social destacou que a própria promulgação da Lei Maria da Penha foi um avanço para o enfrentamento da violência contra a mulher, mas que precisa avançar mais, especialmente na assistência à rede de apoio dos órgãos que atuam na assistência social, psicológica e jurídica para que essa mulher consiga ser atendida de uma maneira integral e conseguir quebrar esse ciclo da violência.

 

“Hoje, os canais de denúncias estão mais facilitados para que essa mulher possa denunciar os maus-tratos que enfrenta no dia a dia, mas a lei, embora tenha 13 anos, precisa alcançar muito mais pessoas que sofrem por conta desse tipo de violência que atinge toda a família”, mencionou.

 

Campanha nacional - Celi Cristina Nunes Cavalcanti destacou ainda a campanha nacional “Justiça Pela Paz em Casa”, que inicia na próxima semana e todos os Tribunais de Justiça do Brasil participam, realizando uma semana de mutirão com audiências e atividades psicossociais, de orientação e reflexão em relação ao enfrentamento da violência contra a mulher.

 

A diretora do Cecf Teonízia Lobo, Anália Mota Sampaio, disse que o público maior do Centro de Convivência é feminino e uma grande parte dele é formado por mulheres sofridas, que enfrentam esse tipo de violência em casa, daí a importante informá-las dos benefícios que a lei trouxe para elas, que não devem mais se sentirem com medo de denunciar.

 

“Hoje, tem todo um amparo para as mulheres vítimas de violência doméstica. E um dos recentes avanços que a lei trouxe veio por meio de uma emenda que aumenta a pena do agressor de dois para cinco anos”, informou.

 

Demanda alta - Anália Mota Sampaio disse que o Centro de Convivência recebe uma demanda considerável de mulheres vítimas de maus-tratos que são encaminhadas para a Delegacia da Mulher.

 

“De lá eles direcionam a vítima para onde devem ser atendidas”, frisou, ressaltando que o local teve uma semana rica de informações sobre os benefícios da lei Maria da Penha e como usufrui-los.

 

“Vamos fechar a semana também com atividades para pais e filhos pelo Dia dos Pais, com almoço, torneio, e também aproveitamos para convidá-los a participar da palestra, o que foi bem produtivo para eles tomarem conhecimento da lei e se conscientizar da importância de romper esse ciclo de violência, um mal que tem destruído famílias”, completou.

 

Esclarecimentos - Uma das participantes da palestra foi a senhora Maria Celia Pantoja Saul, 60 anos, frequentadora do Centro de Convivência, que considerou a palestra ótima por conta dos esclarecimentos sobre o que é violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial etc.

 

“A lei foi uma medida certa para conter o sofrimento de muitas mulheres que precisam de amparo para se proteger dos maus-tratos que sofrem”, disse.

 

Para Maria da Conceição Mendes Souza, 70 anos, a lei é boa, mas precisa ser mais rígida, para conter a fúria de maridos e companheiros violentos, que precisam ficar presos por um bom tempo.

 

“Tem muitas mulheres jovens perdendo a vida e os autores nem vão presos e quando isso acontece saem logo”, lamentou.

 

FOTOS: DIVULGAÇÃO/SEAS

​​Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas):

*Redação: blogjrnews.com

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