Ele funciona como cartão pré-pago na compra de diesel em alguns postos da rede Petrobras e começa a ser testado principalmente com os autônomos
Um ano depois da greve de caminhoneiros, que durou de 21 a 31 de maio de 2018, começa a fase de testes do “Cartão do Caminhoneiro Petrobras”, que visa a dar garantia ao caminhoneiro autônomo em relação às oscilações do preço do óleo diesel.
Nesta semana também, o governo deve liberar o acesso aos caminhoneiros à linha de financiamento de R$ 500 milhões para compra de pneus e manutenção de veículos, conforme promessa feita no mês passado para evitar uma nova greve da categoria.
O limite do crédito individual será de R$ 30 mil e poderá ser buscado nos bancos que fazem financiamento indireto para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pela administração da linha.
Em maio do ano passado, a parada de dez dias dos caminhoneiros por causa do aumento do diesel tirou 1,2 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que poderia enfraquecer ainda mais a previsão do crescimento para este ano.
“Cartão do Caminhoneiro Petrobras”
No caso do cartão, além dos autônomos, transportadores e embarcadores também poderão ter acesso. Ele funcionará como cartão pré-pago na compra de diesel, em postos com a bandeira Petrobras nos principais corredores rodoviários do país.
Os caminhoneiros devem fazer um pré-cadastramento pelo site www.cartaodocaminhoneiro.com.br. Com isso, eles poderão transferir valores para o cartão e fazer a conversão dos valores para litros de óleo diesel, que podem ser utilizados em até 30 dias na rede de postos Petrobras credenciada.
O “Cartão do Caminhoneiro Petrobras” também é uma conta digital, permitindo que as transações sejam realizadas sem a presença do cartão físico, por meio do site e do aplicativo.
Os valores em reais para conversão em litros de diesel estarão sempre disponíveis no site, no aplicativo e nos postos credenciados. O crédito em litros de diesel também pode ser revertido a qualquer tempo para reais, dentro dos 30 dias, descontando-se uma taxa cujo valor será previamente informado aos usuários.
“Entendemos que existe uma oportunidade de mercado e conseguimos desenvolver uma solução segura e viável economicamente. É um produto que gera valor para a BR, nossos revendedores e caminhoneiros”, afirma o diretor executivo de Rede de Postos e Varejo da Petrobras Distribuidora, Marcelo Bragança.
ECONOMIA - Do R7