Obra de Giacomo Puccini narra história da cantora de ópera Floria Tosca
Intrigas, assassinatos e tortura. A violência e a ação contínua marcam “Tosca”, uma das óperas mais teatrais do compositor italiano Giacomo Puccini (1858-1924). A terceira obra a ser apresentada no Festival Amazonas de Ópera (FAO) estreia neste sábado (11/5), às 20h, no Teatro Amazonas, e conta a trágica história da cantora Floria Tosca. A montagem do FAO tem a parceria do Teatro Solís, do Uruguai, em produção e cenário.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura. A abertura foi no dia 26 de abril e o evento segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio.
“Tosca” estreou em 1900 no Teatro Costanzi, em Roma, e é baseada em uma peça do dramaturgo francês Victorien Sardou, de 1887. O enredo narra a trama da célebre cantora de ópera Floria Tosca; do pintor Mario Caravadossi; e do chefe de polícia Baron Scarpia. A ação se passa em 1800, quando a Itália era ameaçada pela invasão do exército de Napoleão Bonaparte.
“É uma das óperas mais cinematográficas de Puccini, uma obra intensa em todos os três atos”, declara o maestro Fernando Malheiro, que rege e dirige a ópera no Teatro Amazonas. “Tosca” será apresentada pela Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas e Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. O espetáculo tem duração de três horas.
“Diferentemente de ‘Maria Stuarda’, já apresentada no FAO e em que o canto e a beleza dos versos são mais valorizados que o drama, ‘Tosca’ é uma obra em que a voz é usada totalmente para fins dramáticos. É uma das óperas mais montadas no mundo todo e das mais geniais do repertório deste período, com ação intensa e uma música fantástica”, destaca o maestro.
Em três atos, a ópera é focada nos três personagens principais. Caravadossi e Tosca estão apaixonados, porém o pintor é simpatizante de Napoleão e é perseguido por Scarpia, que é obcecado pela cantora de ópera – criando assim o cenário para uma tragédia. “Os três personagens têm fins trágicos e a ópera é violenta, com cenas de assassinato e suspense. O trio tem uma força dramática muito grande, que envolve o público. Scarpia e Tosca são personagens únicos, que carregam bastante intensidade até o fim”, comenta Malheiro.
Elenco e produção – O elenco de Tosca conta com Daniella Carvalho (soprano), como Floria Tosca; Fernando Portari (tenor), como Mario Cavaradossi; Rodrigo Esteves (barítono), como Barão Scarpia; Wilken Silveira (tenor), como Spoletta; Pepes do Valle (baixo), como sacristão; Fred Oliveira (barítono), como Cesare Angelotti; Moisés Rodrigues (barítono), como Sciarrone; Roberto Paulo (baixo), como o carcereiro; e Davi Lucas, como pastor.
A direção cênica é do renomado diretor Jorge Takla, com cenários de Nicólas Boni, figurinos de Pablo Ramirez e desenho de luz por Fábio Retti.
“Não poderíamos ter um elenco mais qualificado. O trio principal tem uma química fortíssima. Daniella tem um poder de interpretação excelente e já encenou Tosca na Rússia. O Rodrigo Esteves interpreta Scarpia de forma muito inteligente e o Fernando Portari continua sendo o maior tenor brasileiro em ação no Brasil. Pepes do Valle faz um papel curto como sacristão, porém, muito importante. Wilken e Moisés, que são da casa, também estão ótimos como os capangas de Scarpia. Estou bastante contente”, afirma Malheiro.
A direção de cena de Jorge Takla e a parceria com o Uruguai também são destacadas pelo maestro. “O Takla é um dos diretores mais importantes em atividade no Brasil. Já fizemos alguns trabalhos juntos, e essa ‘Tosca’ foi uma produção que ele fez ano passado, no Teatro Solís, em Montevidéu. É uma cenografia bastante simples, com um palco único e irregular, que cria um clima de ansiedade e de conflitos sobre a trama que vai mudando em cada ato. É muito interessante”, diz o maestro.
Ainda segundo o regente de “Tosca”, o público que ainda não conhece a ópera de Puccini se surpreenderá com o enredo. “Aqui no Amazonas, temos um público muito sensível e aberto a novas propostas. A ópera é linda visualmente e a força teatral da obra prende o público do começo ao fim”, pontua.
Após a estreia, “Tosca” terá apresentações nos dias 17 de maio, sexta-feira, às 20h; e 19 de maio, domingo, às 19h, no Teatro Amazonas.
‘Maria Stuarda’, ‘Ópera Mirim’ e Concerto do Dia das Mães – Na sexta-feira (10/5), às 20h, e no domingo (12/5), às 19h, será realizada a reapresentação da ópera “Maria Stuarda”, de Gaetano Donizetti, dentro da programação do FAO.
No domingo, a programação do FAO contará ainda com mais uma apresentação do projeto “Ópera Mirim”, no hall do Teatro Amazonas, e o Concerto do Dia das Mães, no Teatro da Instalação, com a Orquestra de Violões do Amazonas, direção musical e regência do maestro Davi Nunes. Os dois eventos têm entrada gratuita e serão às 11h.
Sobre o 22º FAO – Em 2019, o Festival Amazonas de Ópera celebra o centenário de nascimento de Claudio Santoro, com a apresentação da ópera “Alma”, do compositor e maestro amazonense. A programação conta com “Ernani”, de Giuseppe Verdi, já apresentado; “Maria Stuarda”, de Gaetano Donizetti; “Tosca”, de Giacomo Puccini; e “Mater Dolorosa”, baseada na cantata “Stabat Mater Dolorosa”, de Giovanni Pergolesi.
Os ingressos para o FAO 2019 estão disponíveis na bilheteria do Teatro Amazonas e por meio do site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas), com valores que vão de R$ 2,50 a R$ 60.
A programação paralela conta com o Recital Bradesco, com canções compostas por Claudio Santoro; projeto “Ópera Mirim”; o encontro “Os Teatros de Ópera e a Economia Criativa na América Latina”, voltado para apresentar dados e casos de sucesso sobre a Indústria da Ópera na América Latina; concerto do Dia das Mães e Mulheres da Ópera.
Sobre o Bradesco Cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. O Banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de Norte a Sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.
São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, além do Teatro Bradesco em São Paulo. Fazem parte do calendário 2019 atrações como o musical “O Fantasma da Ópera” e o Natal do Bradesco, em Curitiba.
Ficha Técnica
“Tosca”
Floria Tosca, celebre cantante – Daniella Carvalho, soprano
Mario Cavaradossi, pittore – Fernando Portari, tenor
Il Barone Scarpia, capo della polizia – Rodrigo Esteves, barítono
Spoletta, agente di polizia – Wilken Silveira, tenor
Il sagrestano – Pepes Do Valle, baixo
Cesare Angelotti, un prigioniero politico evaso – Fred Oliveira, barítono
Sciarrone, gendarme – Moisés Rodrigues, barítono
Un carceriere – Roberto Paulo, baixo
Un pastore – Davi Lucas, criança
Corpos artísticos:
Coral Infantil Do Liceu De Artes E Ofícios Claudio Santoro
Coral Do Amazonas
Amazonas Filarmônica
Direção Musical E Regência: Luiz Fernando Malheiro
Direção Cênica: Jorge Takla
Cenários: Nicolás Boni
Figurinos: Pablo Ramirez
Desenho De Luz: Fábio Retti
Serviço: 22º FAO apresenta “Tosca”, de Giacomo Puccini
Data/hora: Sábado (11/5), às 20h; dia 17 de maio, às 20h; e 19 de maio, às 19h
Local: Teatro Amazonas, avenida Eduardo Ribeiro, 659, Centro
Entrada: Ingressos com valores de R$ 2,50 a R$ 60, à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e pelo site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas)
Classificação indicativa: Livre
Para mais informações sobre essas e outras ações, projetos e atividades desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Cultura, acesse o Portal da Cultura (www.cultura.am.gov.br). Confira também os perfis do órgão no Facebook, Twitter e Instagram – culturadoam.
FOTOS: Michael Dantas/SEC
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Cultura (SEC):
Caetaninha Cavalcanti (98834-8152).