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UM CONTINENTE SUSTENTADO PELA CLASSE TRABALHADORA
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Publicado em 01/05/2019

Renato Rodrigues

Mestrando em Ciências Humanas. Especialista em Gestão de Talentos. Bacharel em Administração. Cidadão.

 

Minha singela homenagem aos trabalhadores desse imenso país, os responsáveis por carregar o Brasil nas costas através do suor e mão de obra competente e barata. Meu respeito e admiração com aqueles que acordam cedo, são usuários do transporte público caro e de péssima qualidade, ralam por 30 dias e tem um raro momento de alegria ao receber o famoso “coro de rato” que mal dá para fazer as compras da cesta básica, comprar o remédio, pagar a energia elétrica e a água. Uma classe que é obrigada a escolher o botijão de gás menor, a reduzir o consumo do feijão, a fazer o sorteio das faturas que serão pagas no mês e se contentar em ver o nome na lista dos inadimplentes.

 

O salário até poderia ser maior, mas o trabalhador precisa pagar ainda os salários dos políticos, bem como o auxílio combustível, auxílio paletó e outras regalias que fazem inveja a muita gente. E as obrigações da classe operária não acaba por aqui, ainda tem o salário dos Promotores, Procuradores e até mesmo o auxílio moradia dos Juízes Federais (mesmo cada um ganhando perto de 30 Mil Reais). Depois de tudo isso resta ao brasileiro torcer para o gás de cozinha não acabar logo.

 

Do outro lado estão os “poderosos” desse país, decidindo sobre o destino do nosso salário, determinando corte nas verbas da educação e criticando os cursos responsáveis em fazer o cidadão pensar e compreender as relações de poder existente em cada decisão. O importante para eles é possuir uma geração conformada com esse cenário de exploração, basta apenas atender as necessidades do mercado, enquanto o rico fica mais rico e o trabalhador fica mais pobre.

 

O trabalhador merece muito mais que um mísero salário, merece respeito e dignidade, merece oportunidades e condições econômicas e sociais de viver como SER HUMANO e não como mera ferramenta de uma engrenagem que faz o Brasil funcionar.

 

Por: Renato Rodrigues

Mestrando em Ciências Humanas. Especialista em Gestão de Talentos. Bacharel em Administração. Cidadão.

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