Para tratar dos assuntos relacionados à criação do Distrito de Desenvolvimento Regional de Manacapuru e Iranduba, o grupo de trabalho formado pela Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento, reuniu-se na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), para debater sobre o projeto que visa à implantação do uso de gás natural nesse setor, uma alternativa apresentada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Amazonas (Arsam).
A alternativa indica a criação de um polo cerâmico formado por mais de 30 indústrias localizadas nos municípios de Iranduba e Manacapuru, com interesse em optar por uma nova matriz energética em seus processos de produção, o que seria possível desde 2009, com a conclusão do gasoduto Coari-Manaus.
“Há dois citygates (ponto de mudança de custódia entre Petrobras e a Companhia de Gás do Amazonas - Cigás) não utilizados que podem atender essas indústrias, se houver possibilidade de expansão da rede de gás por parte da Cigás”, declarou Rodrigo Simões, engenheiro da Arsam.
Empregos - O setor oleiro cerâmico gera quatro mil empregos diretos e tem elevada participação na formação do Produto Interno Bruto da região amazônica. Cerca de 70% do valor da sua produção é relacionada ao valor agregado bruto.
De acordo com o empresário Sandro Santos, presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Estado do Amazonas (Sindicer-Am), a discussão é antiga e esbarra em licenças ambientais e outros entraves.
“O Amazonas tem potencial para ser líder nesse setor, pois temos a maior bacia geológica de argila do Brasil e estamos perto de países que têm total interesse na exportação de cerâmica”. Ele elogiou a iniciativa da Arsam e do novo governo, que está buscando novas alternativas de impacto econômico para o setor, incluindo o madeireiro e frigorífico, que também podem ser contemplados.
Eixos - Já estão sendo realizadas diversas reuniões entre o grupo de trabalho que dará continuidade ao projeto de implantação e que na última quarta-feira (03/04) em reunião na Aleam, foi dividido entre os eixos econômico, regulador e de licenciamento fundiário, formado pelas seguintes instituições: prefeituras de Iranduba, Manacapuru, Arsam, Cigás, Secretaria Estadual de Política Fundiária (SPF-AM), Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Federação dos Detentores e Elaboradores de Manejo e Enriquecimento Florestal e dos Usuários de Produtos da Floresta do Estado do Amazonas (Fedemflor), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas (Sindicer–AM).
Apresentação dos estudos - A Arsam já realizou diversas visitas ao local de implantação do distrito, e, no próximo dia 22 de abril, será apresentada, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas, a conclusão dos estudos técnico-econômicos elaborados pelo grupo de trabalho.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/ARSAM
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