O Instituto da Mulher Dona Lindu, unidade da rede estadual de saúde, recebeu nesta quarta-feira (27/3) uma equipe do projeto Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (Apice On), do Ministério da Saúde. A equipe, que participa na unidade do Encontro das Mediadoras do Grupo de Trabalho do Apice On da região Norte, teve a oportunidade de conhecer os avanços alcançados no Estado desde que a metodologia foi implantada, em 2017, e discutir os próximos passos do projeto.
O Apice On está implantado em três maternidades do Estado (Instituto Dona Lindu, Balbina Mestrinho e Ana Braga), além da maternidade Moura Tapajoz, do município, e visa aprimorar o modelo de atenção ao parto, nascimento e abortamento nas maternidades e hospitais de ensino, por meio de oficinas e capacitações de profissionais e estudantes.
Com o projeto, o Ministério da Saúde busca reduzir a mortalidade materno-infantil no país, por meio da melhoria na prática e formação dos profissionais. Durante toda a quarta-feira, a equipe esteve reunida no Instituto Dona Lindu com os mediadores e supervisores do projeto na região Norte, que compreende também o Acre, Amapá, Pará Rondônia e Roraima. Durante o encontro, as representantes das unidades compartilham experiências e avanços.
Como um dos avanços conquistados, o Instituto Dona Lindu apresentou seu novo sistema de registro de indicadores, que acaba de ser informatizado. “Antes, os dados eram preenchidos manualmente e depois lançados, o que não era eficiente para a gestão”, ressalta a diretora do Instituto, Marilsa Ferreira. Os dados possibilitam a avaliação do atendimento em relação aos quatro pilares do projeto: parto e nascimento, atendimento às mulheres com situação de abortamento, mulheres vítimas de violência sexual e o planejamento reprodutivo pós-parto e pós-aborto.
“Nós já estamos trabalhando há um ano nesse projeto com o Instituto Dona Lindu, já foram realizados seminários, tanto regionais com todos os estados do Norte quanto seminário local, então já tem um avanço dentro da proposta do projeto Apice On. Houve a troca de experiências do que foi caminhado e dos desafios que encontraram no ano de 2018, já pensando nas ações deste ano”, destacou a supervisora do Apice On, Maria Cristina Barra.
Para a diretora do Instituto Dona Lindu, fazer parte do Apice On ajuda na integração dos profissionais da unidade num único objetivo, que é prestar um atendimento de qualidade. “Quando nós chegamos, o projeto já estava em curso, mas estava disperso. Nós envolvemos todos os profissionais para que pudéssemos ter uma melhora no atendimento no parto, no parto humanizado, tanto da mãe quanto do acompanhante e, principalmente, do recém-nascido que precisa estar em evidência”, disse Marilsa.
Projeto anunciado - De acordo com a gerente de maternidades da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Maximina Malagueta, outro projeto novo que vai influenciar nos resultados do Apice On é a implantação da regulação de leitos neonatais dentro das maternidades, que permite uma articulação entre as unidades para atendimento das pacientes de alto risco e risco habitual, conforme a classificação.
“O projeto veio para melhorar os serviços, bem como fazer uma integração entre a gestão, ensino, pesquisa e o serviço como um todo dentro do Estado, trazendo melhorias significativas para todas as maternidades e para o atendimento da população. A gestão atual veio para implantar mudanças significativas na saúde do Amazonas”, afirmou Maximina.
“É um momento único no Estado do Amazonas, onde o Instituto Dona Lindu está abrindo as portas para acolher profissionais envolvidos para melhorar este parto-nascimento”, complementou a gerente de enfermagem do Instituto Dona Lindu, Gracimar Gama.
FOTO: Claudio Heitor/Secom
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam):
Roseane Mota e Lúcio Pinheiro (98407-1699)