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Neto do ex-presidente Lula morre de meningite meningocócica aos 7 anos
Brasil - Internacional
Publicado em 01/03/2019

Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, morreu no início da tarde desta sexta-feira. O Hospital Bartira, do grupo D’Or, em Santo André (Grande São Paulo), informou que a criança foi diagnosticada com meningite meningocócica e não resistiu, devido ao agravamento do quadro infeccioso. Arthur era filho Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia (que faleceu em fevereiro de 2017) e do ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018 na carceragem da sede da Polícia Federal em Curitiba (PR).

 

A meningite meningocócica é uma infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central e infecção generalizada.

 

A defesa do ex-presidente pediu que a Justiça autorize a saída dele para o enterro do neto. O pedido foi protocolado na 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, segundo o portal G1. A Lei de Execução Penal, no artigo 120, prevê que presos em regime fechado, semiaberto ou provisórios podem obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, no caso de falecimento de cônjuge, companheiros, ascendentes, descendentes ou irmãos.

 

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, lamentou a morte de Arthur em seu Twitter e afirmou que o partido fará de tudo para que Lula possa vê-lo. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo que disputou a Presidência pelo PT, também lamentou a tragédia. "Que Deus ampare a família Lula da Silva. Quanta dor! Neto do ex-presidente Lula morre de meningite meningocócica em São Paulo".

 

No final de janeiro deste ano, o ex-presidente Lula perdeu o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, de 79 anos, vítima de um câncer no pulmão. A defesa pediu a liberação de Lula para o enterro, mas a juíza Carolina Lebbos, da vara de execução penal, negou. Usou como base para a sua decisão argumentos da PF e do Ministério Público, que afirmavam que não havia tempo hábil para a logística do ex-presidente. Os advogados de Lula recorreram e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Antonio Dias Toffoli, aceitou o pedido. Mas a resposta chegou no momento em que Vavá era enterrado e, por isso, Lula não foi.

 

A preocupação dos militantes petistas é que a Polícia Federal que deveria escoltá-lo até o velório, se autorizado, estará em recesso de Carnaval a partir desta sexta-feira. Com isso, temem que a PF possa dar a mesma justificativa de janeiro, de que não teria condições técnicas para a escolta. Segundo a colunista da Folha de S.Paulo, Monica Bergamo, o velório e o enterro de Arthur Araújo Lula da Silva devem acontecer na tarde de sábado, 2 de março, para que dê tempo de Lula chegar de Curitiba.

 

RICARDO STUCKER/DIVULGAÇÃO EFE

HELOÍSA MENDONÇA/São Paulo - EL PAÌS

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