A Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), por meio da Secretaria de Pesca e Aquicultura (Sepa), lançou tabela de preços de insumos da aquicultura. As informações serão disponibilizadas mensalmente no site da secretaria (http://www.sepror.am.gov.br/). O objetivo é fazer um diagnóstico e avaliação econômica das oscilações de preço durante o ano.
Para o secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, essa iniciativa visa democratizar as informações essenciais relativas aos preços dos insumos da cadeia produtiva de piscicultura. “Permitir com isso maior competitividade e garantir maior produtividade ao setor”, disse Petrucio.
O secretário da Sepa, Leocy Cutrim, acredita que a partir desse detalhamento e divulgação das informações, o produtor poderá se programar ao longo do ano. “Com a oscilação de preços ao longo do ano, o produtor poderá se organizar para comprar os insumos no período em que ele estiver mais barato e evitar comprar nos períodos mais caros, gerando economia e fortalecimento da cadeia”, afirmou Leocy.
De acordo com dados da Sepa, a ração representa de 70% a 80% do custo de produção do peixe. “Por isso é preciso planejar a compra da ração e buscar sempre o menor preço, assim como uma ração de qualidade. Além disso, o piscicultor deve armazenar esse insumo de forma adequada e fazer o arraçoamento, processo de oferecer ração em quantidade adequada para cada fase de cultivo do peixe”, acrescentou Cutrim.
Tabela - A tabela dos insumos, referente ao mês de janeiro mostrou variação no preço para a fase de pós-larva, com 56% de proteína pura, entre R$ 121,60 e R$ 191,26. Na ração para alevinos na fase inicial, com 45% de proteína pura, entre R$ 115,00 e R$ 251,67. No entanto, a mais utilizada, na fase do crescimento, e com 28% de proteína pura, variou de R$ 41,00 a R$ 50,50. Na tabela de fertilizantes, o quilo da ureia custa entre R$ 3,00 e R$ 4,80, e a tonelada do calcário está custando entre R$ 550,00 e R$ 625,00.
“O calcário neutraliza o pH da água e aumenta a alcalinidade e a ureia faz a adubação para a produção primária no ambiente de cultivo. Já a ração que tem o menor teor proteico é a mais barata, porém ela pode representar 90% da ração utilizada no ciclo, dependendo do sistema de cultivo”, informou Felipe Lavareda, tecnólogo em Aquicultura.
O piscicultor Divino Barreto acredita que a iniciativa vai facilitar o trabalho dos produtores de peixe. “Qualquer informação que possa otimizar o nosso trabalho é bem vida, pois nos ajudará na tomada de decisões com acesso rápido e fácil”, destacou Divino.
A Sepa informou que as pesquisas foram feitas em oito empresas fornecedoras dos insumos e que a partir do próximo mês também vão ser disponibilizadas as tabelas de preços dos equipamentos utilizados e do pescado oriundo da piscicultura.
FOTOS: Djalma Júnior
Assessora de Comunicação da Sepror: Mayana Tomaz (98121-5632)