Representantes das unidades de saúde da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) participaram, nesta terça-feira (19/02), de reuniões com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) para organizar um fluxo de atendimento dos casos de doenças respiratórias agudas e Influenza. A reunião transcorreu durante o dia para diretores de unidades de emergência e urgência, presidentes de cooperativas médicas e de enfermagem da rede estadual, na sede da FVS.
Segundo a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, que é epidemiologista, o momento é de alerta, pois o período chuvoso proporciona um número maior de pessoas acometidas por gripe e há vários tipos de vírus circulando no País e no Estado, incluindo a gripe H1N1 com casos confirmados em Manaus. "A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, por isso, é tão importante a lavagem das mãos ou o uso do álcool gel, como forma de prevenção da eliminação do vírus", disse.
Rosemary explica que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a Influenza acomete de 5 a 10% dos adultos e 20 a 30% das crianças. "A Influenza A e B sofrem mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais e, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco, portanto é preciso que a rede esteja preparada para estes casos graves da doença", informou.
Durante a reunião, o diretor de assistência médica do FMT, Antônio Magela, chamou a atenção dos profissionais para o manejo clínico dos pacientes de acordo com as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde. "Todas as doenças respiratórias podem se manifestar de forma grave, incluindo a gripe, que de maneira nenhuma pode ser negligenciada como uma infecção isenta de riscos a vida", disse.
Magela acrescenta que para amenizar os riscos de agravamento no quadro do paciente é fundamental que haja precocidade tanto no diagnóstico quanto no tratamento adequado. "A recomendação é que esse paciente inicie o tratamento com antivirais até 48h, para que a recuperação dele seja mais rápida possível" avaliou o médico.
Para a gerente da Rede de Urgência e Emergência da Susam, Naiara Maksoud, o objetivo é levar para os profissionais que atuam na porta de entrada da saúde a situação epidemiológica e orientá-lo sobre a conduta. "Vamos definir o fluxo de atendimento unindo as ações de vigilância, assistência e diagnóstico", explicou.
O Amazonas integra a rede mundial de monitoramento sentinela de Influenza. Em Manaus algumas unidades de referência para adulto e infantil fazem parte da rede.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/SUSAM