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Governo do Amazonas viabiliza a venda de produção rural ameaçada pela cheia em Manaquiri
Política
Publicado em 16/02/2019

Até o momento, 60 toneladas já foram vendidas, totalizando mais de R$ 30 mil para os agricultores locais

 

Cerca de 200 toneladas de jerimum regional de comunidades próximas ao município de Manaquiri (a 156 quilômetros da capital) estão comprometidas com a cheia dos rios. Para não perder a safra e garantir renda aos produtores rurais, o Governo do Amazonas, por meio do programa Balcão de Agronegócios da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), está intermediando a venda desses produtos, de forma emergencial, para redes de supermercados, restaurantes, agroindústrias e feirantes. Até o momento, 60 toneladas já foram vendidas, totalizando mais de R$ 30 mil para os agricultores locais.

 

A produção de batata doce e abobrinha também está sendo contemplada no plano emergencial. Além do Balcão de Agronegócios, outras frentes de trabalho da ADS, como o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vão absorver a produção rural do município, de forma prioritária.

 

"Só aqui em Manaquiri, nós temos 196 agricultores cadastrados e três associações de produtores rurais. É um cenário que pede esse apelo emergencial, e o Governo do Amazonas se sensibilizou e está atuando de forma rápida e conjunta, envolvendo ADS, Idam, Secretaria de Produção Rural, além da parceria com a Prefeitura de Manaquiri", destaca o gerente do Balcão de Agronegócios da ADS, Mário Moura.

 

Apoio no escoamento da produção - Na comunidade Ressaca do Pesqueiro, o produtor rural Dena Matheus da Silva disse que não esperava uma cheia tão elevada para esse período do ano. "O jerimum tem período certo de tirar. A alagação está pegando todos os produtores de surpresa e essa ajuda que o governo está dando é ótimo para o produtor. Faz com que a gente escoa a produção, mesmo com a enchente elevada", explica .

 

Segundo o prefeito de Manaquiri, Jair Souto, a enchente deste ano antecipou a subida dos rios e produtores de comunidades como Ilha do Barroso, Costa do Aruanã e Vila do Janauacá foram fortemente impactados. "Os governos municipal e estadual têm papel fundamental em não permitir que se tenha tantas perdas. Nós estamos atuando na logística, colocando um barco à disposição para o transporte. E o Governo do Estado, juntamente com a prefeitura, está contribuindo no sentido de antecipar o processo de comercialização", destacou o prefeito .

 

Balcão de Agronegócios - Somente no mês de janeiro de 2019, produtores rurais e cooperativa de nove municípios do Amazonas comercializaram mais de 130 mil quilos de produtos regionais por meio do programa Balcão de Agronegócios da ADS. A produção teve como destino grandes redes de supermercados na capital, além de agroindústria, restaurante e a Feira da Manaus Moderna. A aquisição movimentou um total de R$ 205.461,00.

 

A maior venda intermediada no mês de janeiro foi a de abacaxi, beneficiando agricultores da Vila do Engenho, em Itacoatiara. Foram comercializados 56 mil quilos da fruta, totalizando R$ 84 mil, para a empresa Manaós Polpas, que também adquiriu 15 mil quilos de cupuaçu do Distrito de Novo Remanso, também em Itacoatiara. A garantia de comercialização dos produtos oriundos da agricultura familiar do Estado é um dos principais objetivos do programa Balcão de Agronegócios, do Governo do Amazonas, que funciona desde 2016.

 

"A ADS tem trabalhado constantemente para estreitar essa relação entre os produtores rurais e extrativistas, sejam individuais ou organizações, e as empresas consumidoras desses produtos. Dessa forma, quem compra sai satisfeito em adquirir produtos diretamente do agricultor familiar, com um preço mais acessível, e quem vende garante renda para produzir ainda mais. Nosso papel é de intermediar a venda e contribuir com o fomento da cadeia produtiva no Estado", explica o presidente da ADS, Flávio Antony Filho.

 

O maior comprador no mês de janeiro foi o supermercado Nova Era. No total, a rede de supermercados garantiu 24 mil maços de couve e alface (cultivados em Iranduba, Presidente Figueiredo e Manaus) e 37.020 quilos de macaxeira, banana pacovã, jerimum, abobrinha e batata doce, dos municípios Manaquiri e Anamã. O supermercado DB comprou 19 toneladas de mamão, beneficiando a produção rural de Iranduba com mais de R$ 11 mil.

 

A Cooperativa dos Beneficiadores de Produtos Agroextrativistas de Amaturá (Coopebam) também foi contemplada com o programa Balcão de Agronegócios. A venda de 200 quilos de castanha para um restaurante, localizado em Boa vista, Roraima, gerou um total de R$ 7 mil para os extrativistas do município. Já na capital, a Feira da Manaus Moderna adquiriu o limão produzido em Iranduba. Foram três toneladas de limão, totalizando R$ 4.500,00.

 

O valor unitário dos produtos varia entre R$ 0,55 e R$ 2,00, com exceção da castanha embalada à vácuo com o valor de R$ 35 o quilo. “Estamos firmando novas mudanças. Com isso, acreditamos que as demandas dos serviços irão aumentar. O balcão ajuda os produtores a saírem das condições de trabalhadores rurais para o status de empreendedores”, destaca o coordenador do programa Balcão de Agronegócios, Mario Moura.

 

Parcerias - Atualmente, cerca de 20 produtores participam do programa que atua em 19 municípios do Amazonas. A comercialização dos produtos é feita através do supermercado DB, Abrasel, Amazon Polpas, Assaí Supermercados, Atacadão, Baratão da Carne, Big Amigão, Cachaçaria do Dedé, Makro, Manaós Polpas, Nova Era Atacado, Oasis Água de Coco, Qualipolpas, Vitória Supermercado e Manaus Moderna.

 

Produtos - Abacaxi, abóbora, abobrinha, açaí, banana, cará, carne bovina, cebolinha, cheiro verde, coco, couve, jerimum, laranja, limão, melancia, pescado, polpas de fruta, tangerina, entre outros produtos, fazem parte dos itens comercializados através da intermediação do Balcão de Agronegócios da ADS.

 

FOTO: CLAUDIO HEITOR/SECOM

Assessoria de Comunicação da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS): Raquel Mendonça (98202-6460)

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