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Hospital Moinho de Ventos realiza oficina na FHAJ
Saúde e Ciências
Publicado em 15/02/2019

Duas representantes do Hospital Moinhos de Ventos, de Porto Alegre (RS), estiveram nesta sexta-feira (15/02) na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam). Grasieli Krakeker e Gabriela Berlanda realizaram mais uma etapa de tutoria do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), com a aplicação da Oficina PDSA.

 

A tutoria do Programa é destinada para líderes de metas do Projeto Paciente Seguro, servidores e profissionais do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do hospital.

 

O Proadi é uma ação do Ministério da Saúde (MS) que visa o fortalecimento do SUS. Um dos projetos é o Paciente Seguro – que a FHAJ participa desde 2017 – e que visa a implantação do Programa de Segurança do Paciente (PSP) e Desenvolvimento de Ferramentas de Gestão, Educação e Práticas, cujo objetivo é buscar soluções para prevenir eventos adversos e melhorar a segurança de usuários nos hospitais públicos.

 

Desde 2017, dentro do Projeto Paciente Seguro, foram desenvolvidas ações como produções de materiais educativos, formação de profissionais com competências para executar Ciclos de Melhoria Contínua nos hospitais, integração das instituições participantes para promover a troca de experiências e aprendizado, além da educação de usuários do SUS. O projeto, de acordo com a capacidade de cada instituição hospitalar, atua em diferentes protocolos de segurança do paciente preconizados pelo Ministério da Saúde.

 

Em visita ao hospital Adriano Jorge nos dias 14 e 15 de fevereiro, a equipe do Hospital Moinhos de Vento acompanhou as ações que a FHAJ vem desenvolvendo com o objetivo de buscar melhorias nos processos de trabalho relacionados à segurança do paciente. Ainda no dia 15, foi realizada uma oficina de aprendizagem com foco em testes de pequena escala para realização de Ciclos de Melhoria, direcionada para o Núcleo de Segurança do Paciente e os demais envolvidos nos projetos de melhoria da instituição. A oficina desta sexta-feira foi sobre PDSA.

 

“Foi uma dinâmica para repassar aos participantes o conhecimento sobre PDSA, ferramenta que propõe a realização de um processo de estudo em pequena escala com o objetivo de desenvolver o aprendizado e gerar um novo conhecimento”, destacou Gabriela Berlanda. PDSA é a tradução da sigla em inglês, Planejar (Plan), Fazer (Do), Estudar (Study) e Agir (Act).

 

Um dos resultados obtidos é a redução na prevalência das lesões por pressões (LPP) ou úlceras na admissão do paciente. No início do projeto, esse percentual era quase 80%. No último levantamento, em novembro de 2018, a prevalência está em 44% de LPP em pacientes internados na enfermaria de clínica médica na FHAJ, segundo dados do Núcleo de Segurança do Paciente da FHAJ.

 

Resultados positivos - Para a diretora-presidente da FHAJ, a administradora Christianny Sena, a parceria com o Hospital Moinhos de Ventos permite a qualificação do processo educativo e formador no hospital. “Obtivemos o aperfeiçoamento contínuo dos instrumentos desenvolvidos para a Segurança do Paciente, a exemplo da implantação do Protocolo de Lesão Por Pressão”, destacou.

 

“Os resultados são benéficos para o paciente e seus familiares, sendo que estes passaram a colaborar com a assistência de enfermagem, checando horários, quantas vezes deveriam solicitar mudança de posição. Além de ser benéfico também para a gestão, já que as lesões por pressão determinam curativos e materiais especiais no tratamento, além de demandar um tempo maior de permanência do paciente nos leitos”, completou a diretora-presidente.

 

Úlcera/lesão por pressão – Atinge principalmente pacientes hospitalizados com longa permanência, bem como os que associam fatores de risco – idade avançada, restrição ao leito ou cadeira.

 

A lesão/úlcera por pressão ocorre devido à pressão contínua de uma determinada área do corpo, com proeminência óssea, ou fricção repetida e/ou umidade. Os locais mais frequentes são as regiões sacras (final da coluna, cóccix), parte superior do fêmur, nádegas, cotovelos, calcanhares e tronco. Este tipo de lesão pode atingir da pele até o tecido ósseo, podendo ocorrer risco de infecção ou dor, exigindo um tratamento com custo elevado.

 

“O ideal é realmente prevenir. Por isso, a implantação do protocolo de lesão por pressão. A principal medida é a mudança de posição do paciente, com frequência elaborada conforme a Escala de Braden, que é uma ferramenta de avaliação de risco de pacientes, no momento da internação, para ocorrência da lesão por pressão”, destacou a enfermeira Célia Penafort. A atividade passou a integrar a admissão em conjunto com a SAE, Sistematização da Assistência em Enfermagem.

 

Quando foram iniciados os trabalhos de implantação do protocolo, o indicador de processo destacava que somente 13% dos pacientes eram avaliados no momento da internação. Atualmente, este índice passou a ser de 78% de pacientes avaliados, com meta de atingir o percentual de 95%

 

Roseane Mota/ Lúcio Pinheiro

Secretaria de Estado da Saúde - SUSAM

Assessoria de Comunicação (92) 98407-1699

comunicacao@saude.am.gov.br

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