O abastecimento na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) começa a ser normalizado dentro de 15 dias, segundo a previsão do coordenador do órgão, Antônio Paiva. É quando vai chegar o grande carregamento de insumos, adquirido pelo novo Governo. A remessa deverá garantir abastecimento de pelo menos 50% de todo o padrão das unidades, que hoje é de 12%.
A situação do desabastecimento e condições precárias da Cema foram mostradas pelo governador Wilson Lima, nos primeiros dias de sua gestão e vem sendo tratada como prioridade pelo novo Governo.
“Os nossos processos de compra têm acontecido com muita velocidade, depois que a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) abriu o ano fiscal. Hoje, nós já empenhamos 99% dos produtos que estão em ata e as compras estão chegando num período de 20 dias, a partir de primeiro de fevereiro, que foi a data que pudemos empenhar”, explicou Antônio Paiva.
Segundo o coordenador da Cema, os relatórios da transição entregues pelo governo anterior apontavam um abastecimento de 42%, porém, ao assumir e confrontar os dados com os levantamentos in loco, percebeu-se que o total não chegava sequer a 25%.
Se contabilizarmos o abastecimento para três meses, que é o mínimo que deveríamos ter recebido do governo anterior, nosso abastecimento está em torno de 12%”, contou.
Paiva disse ainda que a nova gestão recebeu a Cema em “completo abandono”, situação evidenciada na falta de itens, como soro e também de medicamentos que estavam estragando. O primeiro passo para garantir o funcionamento das unidades foi conversar com fornecedores e o planejamento emergencial. “Já tinha falta de medicamentos nas unidades e a gente teve que correr atrás de fornecedor local e pedir dele, aqueles que tinham ata de registro de preço conosco, para que fizessem o abastecimento imediato e antecipadamente”, disse.
Foram realizadas pela equipe da Cema reuniões pontuais para a atualização do padrão das unidades de saúde, o que não era realizado desde 2010, para que os produtos que não estavam sendo utilizados, e que consequentemente estavam sendo desperdiçados, não fossem comprados.
“Conseguimos reformular o padrão de todas as unidades da capital e, somente com a mudança de padrão, nós vamos ter uma economia de R$ 3 milhões por mês e R$ 36 milhões por ano, apenas não comprando medicamentos que não servem para a população e que estragavam. Então essa economia hoje já é real e está baseada no novo padrão Cema”, ressaltou o coordenador.
A Cema encontrou resistência por parte de fornecedores por falta de credibilidade, uma vez que o órgão devia mais de R$ 32 milhões. “Isso prejudicou muito o abastecimento imediato, porque foi um trabalho de convencimento muito grande. Até convencer os fornecedores a abastecer a Cema, demorou praticamente 20 dias”, pontuou Paiva.
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Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam)