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Capitão Alberto Neto cobra governo Lula após relatório apontar Manaus como epicentro do crime na Amazônia
Publicado em 03/11/2025 17:27
Segurança

BRASÍLIA – “Com rios estratégicos, portos movimentados e fronteiras vulneráveis, Manaus se consolida como o principal elo logístico entre o narcotráfico internacional e as economias ilícitas da floresta”, afirmou o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL/AM), ao questionar o Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o fato de Manaus ser apontada como epicentro do crime organizado na Amazônia.

 

A informação consta no relatório “A Amazônia sob ataque – Mapeando o crime na maior floresta tropical do mundo”, publicado em outubro de 2025 e elaborado pela Amazon Underworld. O documento identifica Manaus como ponto estratégico para o crime organizado na região, destacando a capital amazonense como um dos principais corredores da cocaína produzida na América do Sul.

 

“As drogas chegam pelo Rio Solimões e seguem ao longo do Rio Amazonas para distribuição doméstica ou transporte internacional, com as facções brasileiras Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) dominando essas rotas”, explicou o parlamentar.

 

Principais preocupações

De acordo com o relatório, 67% dos municípios amazônicos têm presença de facções criminosas, e Manaus se tornou o principal corredor de cocaína da América do Sul.

 

Diante desse cenário, o deputado questionou o governo federal sobre qual é a estratégia concreta para desarticular as rotas do narcotráfico nos rios Solimões e Amazonas; se o Estado brasileiro perdeu o controle de partes do território nacional; e como o governo pretende recuperar a soberania nessas áreas.

 

O parlamentar lembrou ainda que o avanço do crime no Amazonas está diretamente ligado ao garimpo ilegal, destacando que o PCC tem diversificado suas operações em Roraima, especialmente nas terras indígenas Yanomami, na fronteira com a Venezuela, recrutando venezuelanos para o garimpo e atividades paralelas, como segurança e exploração sexual.

 

“O relatório conclui que a Amazônia vive uma era de violência exacerbada, impulsionada pelo ouro e pela cocaína. O dinheiro do crime continua corrompendo forças do Estado, juízes e autoridades locais, enquanto as facções expandem sua influência sobre os territórios amazônicos”, destacou Capitão Alberto Neto.

 

Foto: Arquivo Assessoria

Fonte: Juliana Mattos

 

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