BRASÍLIA – O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL/AM) cobrou do Ministério da Justiça e Segurança Pública, máxima urgência, na reativação e modernização da Base Anzol, instalada no município de Tabatinga, extremo oeste do Amazonas, região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.
Em recente visita as instalações da Base, o parlamentar presenciou o abandono da estrutura e lembrou que durante anos ela desempenhou papel estratégico no combate à criminalidade transnacional e ao narcotráfico na região
“A desativação dessa estrutura representa um verdadeiro retrocesso e expõe o completo descaso do Governo Federal com uma área tão sensível. Ao invés de fortalecer a presença estatal na fronteira, optaram pela retirada do instrumento de vigilância e controle, fragilizando ainda mais a capacidade de resposta diante da escalada da criminalidade na região”, destacou.
O deputado explicou que o Brasil não pode o enfrentar o problema da criminalidade com ações fragmentadas e de caráter emergencial, sem efetivo adequado e sem o uso da tecnologia necessária para monitorar e reprimir a ação do narcotráfico. Ele reforçou ainda a necessidade de uma política pública de Estado, permanente, com recursos garantidos em orçamento próprio, metas definidas e mecanismos claros de acompanhamento e avaliação.
“A tríplice fronteira é um dos principais corredores do tráfico internacional de entorpecentes, o que potencializa a atuação de facções criminosas, que disputam esse território e ampliam sua influência criminosa em território brasileiro. O vazio estatal e a fragilidade da presença governamental abrem espaço para que o crime organizado se torne um poder paralelo na região” esclareceu.
Outras medidas propostas foram ampliação do efetivo policial e militar, com a criação de unidades especializadas em operações de fronteira e a oferta de incentivos aos profissionais em áreas remotas e de alta periculosidade. Além disso, há necessidade de investimento contínuo em tecnologia, criação de plano estratégico nacional para segurança de fronteira e previsão orçamentária específica e permanente.
“É fundamental consolidar uma política pública sólida, duradoura e eficiente, capaz de resguardar a soberania nacional, proteger a população local e enfraquecer o poder econômico e territorial das organizações criminosas que hoje atuam com liberdade na ausência de uma presença estatal efetiva”, afirmou Capitão Alberto Neto.
Foto: Arquivo Assessoria
Fonte: Juliana Mattos