Iniciativa busca ampliar o acesso ao crédito para projetos sustentáveis e impulsionar o desenvolvimento econômico no Amazonas
Em um encontro voltado ao fortalecimento da bioeconomia no Amazonas, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) recebeu, nesta segunda-feira (28/04), representantes do Banco do Brasil para um diálogo sobre iniciativas para fomentar cadeias produtivas sustentáveis no estado.
Para o secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, a bioeconomia é essencial para promover o crescimento econômico aliado à conservação ambiental no Amazonas. O Governo do Amazonas segue ouvindo diferentes setores para a construção do Plano de Bioeconomia.
“A bioeconomia representa uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento sustentável no Amazonas, gerando renda para os produtores locais e preservando nossos recursos naturais. A Secretaria está comprometida em apoiar iniciativas que fortaleçam a bioeconomia, as cadeias produtivas e a inovação no Amazonas”, destacou.
Durante a reunião, o gerente geral do setor público do Banco do Brasil no Amazonas, Raimundo Baía, destacou a criação de um novo eixo de atuação em Manaus para fortalecer o crédito rural voltado à bioeconomia.
“Queremos que o crédito chegue ao produtor e crie uma cadeia de valor que beneficie tanto o Estado quanto o banco. Esse movimento que antes acontecia apenas em Belém agora terá uma presença efetiva em Manaus”, afirmou.
A assessora do Departamento de Bioeconomia e Ações Estratégicas da Sedecti, Biatris Rocha, contextualizou as ações desenvolvidas no âmbito do Plano de Bioeconomia do Amazonas, em construção pela secretaria. Segundo ela, o trabalho tem buscado mapear e integrar iniciativas já existentes no estado.
“Chegamos a um ponto em que entendemos que existia um ecossistema de bioeconomia, mas que não se conversava. Então, começamos a fazer workshops e reunir dados para estruturar um plano que reflita a realidade local, ouvindo diretamente os municípios, as prefeituras, os produtores e parceiros”, disse.
Durante evento, a analista de Hub de Bioeconomia do Banco do Brasil, Sheila Maria Litaiff, explicou como o banco tem estruturado suas estratégias para atuar no fomento à bioeconomia, com foco no fortalecimento da agricultura familiar.

"O banco, nos últimos dois anos, começou a fazer um estudo para saber como iria atuar na bioeconomia. Traçamos estratégias para trabalhar com fomento, usando linhas que já existem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Nosso principal desafio é estruturar assistências técnicas para acompanhar os projetos de financiamento ao longo do tempo”, destacou.
Sheila também ressaltou o trabalho do Banco em parcerias com cooperativas e associações para impulsionar a cadeia produtiva da bioeconomia no Amazonas.
"Estamos trabalhando com cooperativas e associações porque o Banco quer atingir o máximo de produtores possível e fortalecer cadeias de valor. O maior produtor de castanha é o Amazonas, e precisamos consolidar essa produção na nossa cadeia local”, afirmou.
Entre os encaminhamentos sugeridos, o secretário propôs que o diálogo entre Sedecti e Banco do Brasil seja intensificado, com ações como a apresentação das oportunidades do banco via o Centro de Mídias da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), alcançando agentes de todo o interior do estado. “É importante que as informações sobre as linhas de crédito e possibilidades de apoio cheguem aos produtores de todas as regiões”, reforçou Serafim.
Fotos: Rebeca Mota/ Sedecti