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Em evento nacional de empresários, Eduardo Braga defende modelo sustentável da Zona Franca e pagamento por serviços ambientais prestados pela Amazônia ao mundo
Política
Publicado em 13/03/2025

Senador destacou a aprovação da Lei do Mercado como instrumento para monetizar e gerar receita a partir da preservação das florestas

 

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu durante o Brasil Summit, um evento realizado em Brasília pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) e o Correio Braziliense, um compromisso mais firme do país com o desenvolvimento sustentável e a transição energética. No encontro empresarial, o senador ressaltou que o potencial do Amazonas em preservar 97% de suas florestas advém também do êxito do modelo econômico da Zona Franca de Manaus (ZFM) e que a Amazônia deve ser renumerada pelos serviços ambientais prestados ao mundo.

 

“Graças à Zona Franca de Manaus, o Amazonas não precisou derrubar sua floresta para crescer. Esse é o maior programa de sustentabilidade ambiental do Brasil e prova que é possível preservar e gerar empregos ao mesmo tempo”, disse.

 

Durante sua participação, Eduardo Braga lembrou de políticas públicas implementadas quando foi governador do Amazonas, ressaltando que crescimento econômico, preservação ambiental e inclusão social precisam caminhar juntos. O senador destacou também o papel estratégico da Amazônia no equilíbrio climático global, criticando a hipocrisia de países desenvolvidos que pressionam pela preservação florestal, mas não renumeram o Brasil pelos serviços ambientais prestados ao planeta.

 

“Nós (Amazônia) garantimos o equilíbrio hidrológico para a produção agrícola do Brasil e a geração de energia limpa. Quem mais se beneficia disso? O mundo. Mas quem paga por isso? Ninguém”, afirmou.

 

Mercado de carbono e floresta em pé

Eduardo Braga também relembrou que a recente aprovação da Lei do Mercado de Carbono pelo Congresso Nacional, que regulamentou e estabeleceu as regras para a comercialização de créditos de carbono das florestas brasileiras, lançou os caminhos para o país monetizar e gerar receita a partir do seu potencial de preservação.

 

“Agora, com o mercado de carbono, podemos finalmente valorizar nosso maior ativo ambiental e gerar recursos para preservar a Amazônia de forma estruturada”, explicou.

 

Investir no potencial energético do Brasil

Citando a emergência climática e a maior ocorrência de desastres ambientais causados pela emissão de gases poluentes, advindos da queima de combustíveis fósseis, Eduardo Braga defendeu que o Brasil invista no seu potencial de energia limpa. O senador destacou que o país possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, onde 49,1% das suas fontes de energia são originadas de fontes renováveis, como as hidrelétricas, e que esse diferencial seja usado para atrair investimentos, tornando o Brasil um líder global na transição energética.

 

“O aquecimento global é uma realidade e ele é produzido majoritariamente pela queima de combustíveis fósseis, pela produção industrial e, no caso brasileiro, pelo desmatamento. A transição dos combustíveis fósseis para as fontes renováveis de energia é um compromisso firmado pelo Brasil. Nosso país já tem uma matriz energética exemplar. Agora, precisamos transformar esse potencial em crescimento econômico e exportar energia limpa para o mundo”, disse.

 

Braga também citou o crescimento expressivo das fontes solar e eólica, além do avanço do Programa Nacional de Hidrogênio Verde, que já recebeu US$ 30 bilhões em investimentos. “O Brasil pode se tornar um dos maiores exportadores de hidrogênio verde e consolidar sua posição como potência energética do século XXI”, destacou.

 

COP30 e o papel do Brasil

Encerrando sua participação, Eduardo Braga citou a realização da COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, reforçando que o Brasil tem todos os elementos necessários para se consolidar como referência em sustentabilidade, mas precisa de planejamento, segurança jurídica e reconhecimento internacional.

 

“A Amazônia não é o problema, é a solução. O Brasil pode ser um dos principais líderes da transição energética e do mercado de carbono, mas precisamos garantir que esse protagonismo traga benefícios reais para o nosso povo”, concluiu.

 

Fotos: Divulgação

Fonte: Shirey Assis

 

 

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