No período de 1º a 30 de novembro, a equipe da autarquia estará na cidade realizando a vacinação em mais de cem propriedades

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) informa aos produtores do município de Santo Antônio do Içá (distante 880 quilômetros de Manaus) que realizará, de 1º a 30 de novembro, uma ação de vacinação contra a raiva. Ao longo do período deverão ser vacinados bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos.

A médica veterinária da autarquia e coordenadora do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e Outras Encefalopatias (PNCRH), no Amazonas, Larissa Carvalho, explica que a medida é necessária para o controle da doença naquela cidade, onde a vacinação contra a raiva dos herbívoros é obrigatória.

“Uma equipe da Adaf estará no município realizando essa vacinação ao longo de todo o mês de novembro. O objetivo é mitigar a dificuldade de acesso desses produtores à vacinação”, disse.

Segundo dados da Gerência de Defesa Animal (GDA), da Adaf, animais de 107 propriedades deverão ser beneficiados pela imunização. Além de Santo Antônio do Içá, a vacinação contra a raiva é obrigatória em Autazes, Tefé, Careiro, Urucará e Urucurituba. As vacinas contra a raiva dos herbívoros podem ser encontradas nas casas agropecuárias credenciadas junto à Adaf.

Realizada a vacinação do rebanho, os produtores têm até o dia 15 de dezembro para fazer a notificação junto à Agência de Defesa. O proprietário dos animais deverá apresentar à Adaf a nota fiscal de aquisição da vacina, na qual deverá constar número da partida, validade e laboratório produtor. Além disso, é necessário informar a data da vacinação, bem como o número de animais vacinados por espécie.

Doença

A raiva é uma doença transmitida entre animais e humanos que acomete todos os mamíferos. Ela é considerada uma das doenças zoonóticas de maior importância em Saúde Pública em todo o mundo, com elevado custo social e econômico.

A doença é causada por um vírus que se propaga via nervo e a infecção se dissemina rapidamente, alcançando o sistema nervoso central. O vírus está presente na saliva do mamífero infectado prioritariamente pela mordedura ou lambedura de mucosas.

A raiva é letal, com raríssimos casos de sobrevivência, acompanhados de sequelas graves.

FOTOS: Marfram Vieira/Idam e Divulgação/Adaf