Frequentadores destacam a importância do programa, que garante a segurança alimentar de milhares de famílias diariamente
O Prato Cheio do bairro Coroado, na zona leste de Manaus, segue fazendo a diferença na vida da comunidade que almoça no local. No último dia 15, a unidade completou dois anos de funcionamento, alcançando mais de 185.175 refeições servidas neste período. O Prato Cheio é um programa do Governo do Amazonas, coordenado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas).
São centenas de famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade que passaram a ter sua vida transformada depois da implantação do Prato Cheio, no bairro Coroado. A unidade é uma das 37 que foram inauguradas pelo Governo do Amazonas, entre 2021 e 2022, ampliando de sete para 44 restaurantes populares em todo o estado.
A moradora Maria do Carmo, de 55 anos, que todos os dias almoça no restaurante, conta que frequenta o local desde a inauguração. Além do alívio para o bolso, há a certeza de que sua família está se alimentando de forma saudável, com todos os nutrientes necessários.
“Frequentamos o restaurante há dois anos, desde que inaugurou aqui no bairro. É muito bom saber que se preocupam com a qualidade do que está sendo servido e com a saúde de quem está se alimentando dessa comida. E a comida é maravilhosa. O precinho ajuda muito no bolso, claro, porque economizamos muito. O Prato Cheio melhorou muito a vida da minha família”, disse.
De janeiro a junho deste ano, foram servidas 55,3 mil refeições completas apenas nessa unidade. As refeições são preparadas de acordo com cardápios elaborados por nutricionistas e compostas por proteínas variadas diariamente, arroz, feijão, macarrão e salada que além de alimentar quem mais precisa, também aliviam o bolso.
Econômico e saudável. Essa é a definição do programa Prato Cheio para a aposentada Maria Luiza Mendes, de 62 anos. Frequentadora assídua da unidade do bairro Coroado, é lá que ela almoça todos os dias. Com a alta nos preços do gás e alimentos, o restaurante garante que ela almoce e economize no gás e mercado.
“Uma família grande certamente não conseguiria dividir o tempo e as economias com o preço das coisas no supermercado e o gás. Então o Prato Cheio cumpre muito bem esse papel, é a salvação de muitas famílias. É muito importante, principalmente para as mães, saber que o governo se importa com a qualidade da comida servida aqui”, afirmou.
Além da comida na mesa
Na capital e interior, as unidades do Prato Cheio promovem cursos de qualificação. Na unidade do bairro Coroado, já foram oferecidas 12 atividades que variam entre palestras, oficinas e cursos. Os temas das palestras são diversos, como Segurança dos Alimentos, Aleitamento Materno, Dia Mundial da Alimentação, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, Agosto Lilás, entre outros.
A iniciativa garante a ampliação de conhecimento aos frequentadores dos restaurantes populares, além de incentivar o empreendedorismo, a geração de renda e a inserção no mercado de trabalho, fazendo com que muitos saiam da condição de vulnerabilidade.
O autônomo Cristóvão Domingos, de 65 anos, almoça todos os dias no Prato Cheio do Coroado com a família. Além da comida, ele acredita que a preocupação da equipe em levar palestras e cursos para a população que almoça no local também conta muito.
“A comida é ótima e o atendimento também. O programa ajuda muito na alimentação, além de oferecer palestras com nutricionistas. Isso é muito importante para todos, principalmente para mim que já sou idoso. Eles cuidam da gente e nos ensinam a continuar esse cuidado em casa”, elogiou.
A titular da Seas, Kely Patrícia, destacou a importância e o impacto da implantação do programa Prato Cheio no bairro. São inúmeras famílias beneficiadas e que têm sua vida transformada e segurança alimentar garantida.
“O Prato Cheio vai muito além de apenas fornecer alimento, porque também ajuda na economia da família. Uma pessoa ou uma família de cinco pessoas, que está em situação de vulnerabilidade, consegue se alimentar com todos os nutrientes necessários por apenas R$ 1 por dia”, disse a secretária.
Além disso, acrescentou Kely Patrícia, o programa também trabalha a educação, o empreendedorismo e o desenvolvimento sistêmico dos usuários. “É um papel da assistência social não só fazer entregas, mas desenvolver a economia do local e dos indivíduos para que saiam da condição de vulnerabilidade”, destacou a secretária.
Restaurantes e cozinhas
O programa é dividido em dois serviços distintos: os restaurantes populares, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 11 às 13h, com refeições no valor simbólico de R$ 1; e as cozinhas populares, nas quais a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro de alimento, de segunda a sábado, também das 11h às 13h. Os cardápios são preparados por nutricionistas e variam de acordo com o dia da semana.
FOTOS*: Jimmy Christian/Seas