Em parceria com a Sedecti, a comitiva do Banco Mundial vai realizar uma pesquisa para compreender melhor as necessidades e a evolução do setor privado local
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), recebeu, nesta quinta-feira (06/06), a comitiva do Banco Mundial para discutir uma colaboração estratégica com o Estado e os atores do setor privado. O principal objetivo da parceria é explorar e potencializar o futuro econômico do estado, atraindo investimentos e impulsionando o desenvolvimento regional.
De acordo com a economista principal do Banco Mundial para o Brasil, Shireen Mahdi, que lidera a comitiva no Amazonas, o grupo busca compreender, também, a Zona Franca de Manaus (ZFM), sua importância para a economia e seu potencial para o futuro.
“O mundo está em constante evolução e o contexto econômico nacional e internacional é de suma importância para o Amazonas, pois ele precisa continuar buscando novas oportunidades e soluções para se manter competitivo na economia local e internacional", afirmou Shireen Mahdi.
O secretário executivo da Sedecti, Gustavo Igrejas, agradeceu a visita do Banco Mundial, por seu interesse e apoio, e explicou que o Governo do Amazonas tem dialogado com o setor privado e destacou a importância da Zona Franca de Manaus.
"Estamos gratos pela visita da comitiva do Banco Mundial. A Zona Franca de Manaus é um exemplo de sucesso econômico e social. Nosso faturamento alcançou quase 35 bilhões de dólares, em 2023, e a geração de mão de obra chegou a mais de 115 mil empregos diretos nas fábricas. Esses números mostram o potencial que temos para continuar crescendo e inovando”, destacou o secretário executivo.
De acordo com Igrejas, o pacote de incentivos do Estado do Amazonas combinado com os incentivos federais torna o Polo Industrial de Manaus (PIM) extremamente competitivo, especialmente nos segmentos eletroeletrônico, de duas rodas, de bens de informática, mecânico, termoplástico, relojoeiro, químico, entre outros.
“O Amazonas, por intermédio do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), pode ampliar, ainda que temporariamente, os incentivos de determinados segmentos para que os mesmos possam enfrentar sazonalidades negativas sem ter de fechar as portas. Esta política faz com que o faturamento do PIM venha crescendo nos últimos anos, aumentando a geração de emprego e renda na região”, destacou Gustavo Igrejas.
Durante a visita, a equipe do Banco Mundial teve a oportunidade de visitar várias empresas do setor privado e instituições de ensino, articuladas e acompanhadas pela Sedecti. Mahdi destacou a surpresa positiva com o potencial do Amazonas, especialmente nas áreas de tecnologia, inovação e bioeconomia.
“Achamos que tem um potencial enorme a ser alavancado com soluções. E, hoje, estamos aqui na Sedecti para discutir o potencial do estado do Amazonas para que venha a se tornar uma economia de serviços de alto nível, que poderiam ser exportados, não só para dentro do Brasil, mas também fora dele", complementou a economista.
Pesquisa local
Em parceria com a Sedecti, a comitiva do Banco Mundial vai realizar uma pesquisa para compreender melhor as necessidades e a evolução do setor privado local. A intenção é identificar quais serviços e investimentos têm maior impacto, tornando as empresas mais eficazes e incentivando maiores investimentos na economia local.
"Gostaríamos de fazer uma pesquisa com as empresas, em parceria com a Sedecti, para entender mais as necessidades e a evolução das necessidades do setor privado, que existe aqui hoje, para ver quais seriam os serviços e os investimentos que seriam de maior impacto para que elas se tornem cada dia mais efetivos; e para que elas invistam cada dia mais na economia local. Ter dados, informações sobre o desempenho do setor privado e um papel essencial do Governo do Estado é muito importante para atrair investimentos privados", concluiu Mahdi.
Participaram da agenda o secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, JeibiMedeiros; a de Planejamento, Sonia Gomes; e o coordenador do Núcleo Estadual de Fronteira (Niffam), Guilherme Vilagelim.
FOTOS: Bruno Leão/ Sedecti