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Sepror realiza prospecção e elaboração de regras para a 1ª pesca ordenada do Mapará, em Boa Vista do Ramos
Turismo & Meio Ambiente
Publicado em 12/03/2024

O objetivo é avaliar o potencial pesqueiro daquela área para o aproveitamento racional do Mapará pelos pescadores locais

 

A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) concluiu, na segunda-feira (11/03), a prospecção do potencial pesqueiro e deu início na 1ª oficina de elaboração de regras para a pesca ordenada do Mapará no município de Boa Vista do Ramos (a 271 quilômetros de Manaus).

 

Ação que iniciou na sexta-feira (08/03), com duração de três dias seguidos, em conjunto com Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e da Colônia de Pescadores de Boa Vista do Ramos. No local, foram realizadas pescas experimentais em ambientes aquáticos na região do rio Urubu, situado na zona rural do município, com o objetivo de avaliar o potencial pesqueiro, visando gerar renda aos pescadores.

 

De acordo com o gerente de Pesca da Sepror, João Bosco, na área que foi realizada a prospecção, já ocorreu a pesca do Mapará há mais de uma década, e devido a invasão de embarcações proveniente do estado do Pará, às quais realizavam pesca predatória, ocorreu a intervenção das comunidades locais e pesca foi paralisada durante o período.

 

“Em Boa Vista do Ramos, a atividade pode gerar renda alternativa para as comunidades envolvidas no projeto de aproveitamento econômico do Mapará”, ressalta Bosco.

 

Análise técnica

Em cinco locais de coleta, foram capturados maparás com comprimento mínimo de 28cm (pesando 140g) e máximo de 44cm (pesando 450g), com uso de malhadeiras com malhas entre 25 a 45mm entre nós opostos.

 

No rio Urubu, o índice de produtividade média foi de 8,55kg/h, representando 65% da produtividade quando comparada com à da maior área de pesca dessa espécie no estado, o lago do Rei, situado no município de Careiro da Várzea (a 25 km da capital).

 

 

Oficinas

Também foi realizada uma oficina com pescadores e lideranças de cinco comunidades da região do rio Urubu, onde foi feito uma contextualização sobre a importância do Mapará para a indústria do pescado no Amazonas.

 

Na ocasião, também foi apresentado a experiência da pesca do Mapará no lago do Rei.  Em seguida, foi apresentado o resultado da prospecção realizada na área, e discutidas as regras gerais que irão fazer parte do regimento interno da pesca do Mapará daquela região.

 

Durante a oficina, as principais regras discutidas foram sobre os limites da área de pesca, o período de captura (que será de agosto a setembro), a quantidade de redes de pesca que poderão ser utilizadas em cada embarcação, o tamanho da malha e identificado às comunidades que poderão realizar a pesca.

 

Fotos: João Bosco/Sepror

 

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