Entre os resultados, destaca-se o montante de mais de R$ 200 milhões em multas ambiental.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) participou do Workshop de avaliação da Operação Tamoiotatá III, realizado nesta quinta-feira (25/01), no auditório da Escola Superior de Direito – UEA, localizado na rua Major Gabriel, 767, Centro. O Instituto apresentou os resultados da aplicação de tecnologias para o combate ao desmatamento e queimadas ilegais durante a terceira operação, que aconteceu de março a novembro de 2023.
De acordo com os dados da gerência de fiscalização do Ipaam, mais de R$ 200 milhões somente em multas; cerca de 275 autos de infração; 505 termos de embargos lavrados, uma quantidade de 37.091,71 hectares de áreas embargadas; e 69 termos de apreensão, durante toda a ação nos sete municípios do Sul do estado.
Além do Ipaam, participam do encontro a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Segurança Pública (SSP/AM), Polícia Rodoviária Federal do Amazonas, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Civil (PC/AM), Polícia Militar (PM/AM), Corpo de Bombeiros (CB/AM), Defesa Civil (DC/AM) e a Superintendência da Polícia Federal do Amazonas (PF/AM). O Ministério Público de Contas do Estado (MPC/AM) também esteve presente no Workshop, representado pelo procurador público Ruy Marcelo Mendonça.
O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, destacou os pontos importantes do papel do órgão na operação. “O Ipaam possui duas ações principais dentro da Tamoiotatá, que é de coordenar as ações de fiscalização, tanto nas operações in loco como nas atividades do sistema remoto de monitoramento. É o Instituto quem define os alvos, as estratégias de ação e, com o apoio das forças de segurança e demais entidades envolvidas, define as ações da operação”, enfatizou Valente.
As informações apuradas, com o auxílio dos painéis de controle em tempo próximo do real do Centro de Monitoramento Ambiental e de Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam, foram usadas como ferramentas para aplicação de multas e embargos pelas equipes de fiscalização nos municípios de Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Canutama, Tapauá, Apuí e Maués, onde se concentram os principais casos desses ilícitos ambientais. Além dos municípios citados, quatro Unidades de Conservação Estaduais (UC’s) também foram contempladas: Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Madeira, Rio Amapá, RDS Igapó-Açu e RDS Juma.
O Instituto foi representado pelo analista ambiental Hermogenes Rabelo, que falou sobre as tecnologias implementadas pelo CMAAP utilizadas na Tamoiotatá e sobre os resultados do Ipaam na operação.
Ainda, de acordo com os dados coletados, cerca de 40.490,69 km foram percorridos, levando em consideração a complexidade das localidades onde foram realizadas as ações, e 525 polígonos de desmatamento foram fiscalizados.
Tamoiotatá IV
No workshop também foram realizados debates entre os órgãos envolvidos, referentes aos procedimentos a serem tomados nas ações da Tamoiotatá 2024, que deve ter início em março deste ano.
Fotos: Divulgação/Ipaam