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Hemoam adota tecnologia que reduz riscos de complicações pós-transfusão de sangue
Saúde e Ciências
Publicado em 24/08/2023

O novo equipamento realiza a Técnica de Inativação de Patógenos (TRP), método que reduz a transmissão de doenças pela transfusão

 

Um equipamento capaz de inativar vírus, bactérias e protozoários nas bolsas de sangue está em fase de implementação pela Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), sendo o 5º hemocentro país a adquirir a tecnologia, chamada de Intercept Blood System.

 

O equipamento está sendo incorporado à rotina do setor de fracionamento do Hemoam para eliminar contaminações nas plaquetas – componente do sangue utilizado principalmente para tratar complicações provocadas pelo câncer e doenças crônicas do sangue, além de cirurgias cardíacas.

 

O gerente de fracionamento da instituição, biomédico Marcelo Reis, destaca que o equipamento eleva ainda mais o nível da segurança transfusional no Estado.

 

“Podemos ter bactérias dentro das bolsas de plaquetas oriundas tanto do manuseio das bolsas quanto do organismo do doador. A partir dessa inativação a gente vai conseguir eliminar o crescimento bacteriano se houver. E isso vai possibilitar uma transfusão mais segura e com menos possibilidade de complicações pós-transfusão para os pacientes”, explica Reis.

 

O biomédico acrescentou que o processo é bem simples. As bolsas de plaquetas são expostas a um raio ultravioleta (UVA), cujo alvo específico é o DNA e o RNA. Essa tecnologia leva à inativação dos patógenos.

 

“O Hemoam tem sempre essa preocupação de estar implantando novas tecnologias, sempre buscando melhorias em prol do paciente, essa é nossa visão de qualidade e reflete muito no nosso objetivo, que é a distribuição dos hemocomponentes com segurança e qualidade”, acrescentou.

 

 

Treinamento

A equipe de Fracionamento do Hemoam está recebendo treinamento para a utilização da nova tecnologia, que estará em funcionamento até o final deste mês.

 

A plaqueta é um componente do sangue responsável pela hemostasia, mantendo a coagulação sanguínea. Elas beneficiam especialmente aqueles pacientes em tratamento de câncer, os submetidos a transplante de medula óssea, vítimas de trauma, pacientes de cirurgias cardíacas, hemorragias graves, entre outros. Somente em 2022 o Hemoam distribuiu 23.985 bolsas de plaquetas para hospitais da capital e do interior.

 

FOTOS: Leonardo Mota/Hemoam

 

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