Edição do informe passa a ser mensal, considerando o fim do período sazonal das arboviroses
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), atualiza, nesta quinta-feira (27/07), o cenário de dengue no Amazonas. A edição do informe epidemiológico está disponível no site da FVS-RCP.
No Amazonas, no período de janeiro até esta quinta-feira (27/07), foram notificados 11.908 casos de dengue e foram registrados 6 óbitos pela doença.
Na classificação de municípios do Amazonas com maiores taxas de incidência estão: Jutaí (6.529,5), Tonantins (4.842,9), Ipixuna (4.340,4), Tefé (2.970,5), Humaitá (1.937,2), Guajará (1.715,8), São Paulo de Olivença (1.525,6), Tabatinga (1.223,3), Maraã (1.032,9) e Iranduba (868,9).
No Alto Solimões
O Informe Epidemiológico da Dengue no Amazonas também torna disponível recorte da situação da dengue na região do Alto Solimões, onde o monitoramento é realizado pelo Laboratório de Fronteiras (Lafron), da FVS-RCP, por meio da Sala de Situação do Alto Solimões. O Lafron está localizado em Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus).
O monitoramento da dengue é realizado nesta região, principalmente, devido à Tríplice Fronteira, entre Brasil, Peru e Colômbia, área de importância de saúde pública em que há grande fluxo de pessoas transitando entre os países envolvidos.
Nesta região, no período de janeiro até esta quinta-feira, foram notificados 3.502 casos de dengue e foram registrados 3 óbitos pela doença.
Informe mensal
A partir desta quinta-feira (27/07), o informe epidemiológico de dengue no Amazonas passa a ser mensal considerando o fim do período sazonal das arboviroses (dengue, zika e Chikungunya) no estado, no mês de julho, com o cenário da doença que apresenta queda desde a última semana do mês de maio no Amazonas, quando foram registrados 353 casos notificados. Nesta última semana de julho, foram notificados 209 casos.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a saída do período sazonal é momento crucial para reforçar a importância de manter as medidas preventivas contra a doença. “Embora haja queda no número de casos notificados, é fundamental compreender a necessidade de continuidade da eliminação de criadouros como ação fundamental para evitar novos casos”, destaca Tatyana.
O chefe do Departamento de Vigilância Ambiental na Fundação, Elder Figueira, acrescenta que o monitoramento da dengue segue sendo realizado pela FVS-RCP. “Seguimos alertando que a dengue é uma doença que pode se apresentar de forma grave. Então, é importante que as medidas preventivas sejam mantidas durante todo o ano”, enfatiza Elder.
Atendimento
A FVS-RCP destaca que, em caso de suspeita de dengue, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima para receber avaliação médica.
Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica e anemia falciforme).
Prevenção
A melhor forma de evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.
A orientação é a adoção da lista de verificações (check list) semanal, de 10 minutos de duração, de modo que a população possa agir para identificar os possíveis criadouros, como garrafas, vasos de plantas, pneus, bebedouros de animais, sacos plásticos, lixeiras, tambores e caixas d’água.
FOTO: Divulgação/FVS-RCP