O documentário “O áureo da música do beiradão nas rádios manauaras (Difusora e Rio Mar) na década de 80” será apresentado neste sábado, no Cineteatro Guarany
Quer conhecer um pouco mais sobre a tradicional “música do beiradão”? Então não perca o documentário “O áureo da música do beiradão nas rádios manauaras (Difusora e Rio Mar) na década de 80”. A apresentação faz parte da Mostra de Cineastas Amazonenses, é gratuita e acontecerá no próximo sábado (29/7), às 18h30, no Cineteatro Guarany. O documentário é obra de Paulo Moura, compositor, produtor e jornalista.
Ele nasceu em Manaus, mas foi criado no município de São Gabriel da Cachoeira. Foi na “terra das corredeiras”, que Paulo Moura conheceu o ritmo que até hoje embala as festas interioranas no Amazonas. O filme conta como deu-se a trajetória do ritmo animado, agitado e bom pra ser dançado pelo interior do estado.
Por meio das rádios, a “música do beiradão” viajava nas ondas médias e chegava, até mesmo, naquelas cidades mais distantes. “As letras alegres convidam o povo a dançar, levantando muita poeira durante as festas em comunidades onde o salão é um espaço aberto de terra batida e em sedes, localizadas em casas 'caneludas', com longo alicerce de madeira para enfrentar o período de cheia”, disse Paulo Moura.
O estilo musical, para quem ainda não o conhece, tem como instrumentos primordiais o saxofone e a guitarra nas diversas composições, conforme consta em pesquisa feita pela jornalista Shirley Assis. Ela, também, é responsável pelo roteiro e narração do documentário.
Durante o estudo feito sobre a “música do beiradão”, a jornalista ouviu relatos de Paulo Moura e de estrelas do ritmo como Teixeira de Manaus, Oseas da Guitarra, Magalhães da Guitarra, Chiquinho David, Chico Caju, mestre Pinduca e Carlos Santos, cantor e proprietário da Gravasom, gravadora em Belém do Pará.
Após apresentação, Paulo Moura conversará com o público presente sobre a produção, o processo de criação e as dificuldades de entrevistar as estrelas desse gênero musical.
O ritmo alegre não conquistou apenas os amazonenses. Neste mês de julho, o documentário foi apresentado à jornalistas, profissionais da cultura do Rio de Janeiro e de São Paulo, ganhando elogios.
O Cineteatro Guarany fica na avenida Sete de Setembro, n⁰ 1.546, Vila Ninita. O filme tem entrada gratuita e classificação livre.
Fotos: Divulgação
Fonte: Shirley Assis