Amazonas Energia destinou à reciclagem, nos últimos nove meses, mais de 10 toneladas de cabos e equipamentos clandestinos ou inutilizados.
A evolução da tecnologia trouxe inúmeros confortos como água gelada, climatização de ambientes, Tv a cabo, internet e telefone celular para comunicação em longa distância, mas essas facilidades dependem de quilômetros de fios, distribuídos nos postes da capital amazonense. Desde agosto do ano passado, a Amazonas Energia retira os fios de telefonia, internet e televisão que não têm mais utilidade (desuso).
Em maio de 2023, o descarte chega a 10 toneladas e estimativa é alcançar 20 toneladas até o final do ano de 2023, já que o cronograma contempla todos os bairros da capital e cidades do interior.
A Lei Estadual nº 6.025, do ano passado, determinou que a empresa concessionária ou permissionária de energia elétrica realizasse o alinhamento e retirada dos fios não utilizados nos postes existentes. E especificou que a concessionária informasse às demais empresas, que também utilizam os postes, para fazer o mesmo com seus cabeamentos e equipamentos.
Segundo o gestor do Grupo de Compartilhamento de Infraestrutura, Lúcio Oliveira, o cumprimento da lei não tem sido fácil, em virtude da extensa rede e da dificuldade em identificar os usuários dos cabeamentos de telefonia, internet e telefone para notificá-los. “A Amazonas Energia possui em todo o estado 111 contratos de compartilhamento em vigor. Nem todas as empresas colocam placas de identificação em seus cabeamentos. Além disso, também encontramos muitos clandestinos se beneficiando da ancoragem sem pagar. Quando os funcionários detectam fios e equipamentos em desuso, os retiram e levam para o depósito da empresa”, esclareceu Lúcio Oliveira.
O material retirado das ruas fica armazenado por 30 dias. Se o dono não reclamar a posse, os produtos são alienados e encaminhados para a reciclagem, a fim de evitar a contaminação do meio ambiente.
O trabalho já foi executado no centro de Manaus, nos conjuntos Vieiralves e Adrianópolis, no bairro de Flores e, atualmente, no bairro do Aleixo. “A concessionária segue um cronograma de ação estabelecido até 2026. Também atuamos por demanda, no entanto, devem ser obedecidos critérios. Quando os cabos estão caídos, a concessionária não pode retirar, deve notificar a empresa responsável, concedendo um prazo de 30 dias para que ela execute o serviço”, explicou o gestor de Compartilhamento de Infraestrutura.
O trabalho realizado de segunda à sexta-feira na capital também será executado no interior. A Amazonas Energia treina os funcionários para retirar os produtos obsoletos dos postes situados nos municípios.
Cada espaço que passa pela “faxina” aérea fica menos carregado, menos poluído visualmente e mitiga riscos de interrupção de energia elétrica por conta de sobrecarga, curto-circuito e manuseio de forma ilegal na rede energizada, já que alguns equipamentos de telefonia são energizados. Com menos elementos, a paisagem urbana pode ser mais bem apreciada e as manutenções tendem a reduzir consideravelmente, já que o esforço mecânico exercido sobre a rede diminui. Somente em 2022, foram 119 serviços de "aprumagem" de postes, usado quando o poste precisa ser reposicionado por conta do esforço, uma espécie de manutenção preventiva.
A concessionária notifica diariamente as empresas de telefonia, televisão e internet para executar o ordenamento de fios, seja em conjunto com as manutenções preventivas da Amazonas Energia, seja pela identificação de irregularidades. De fato, a maior ocupação dos postes está concentrada nestas fiações secundárias, que ficam abaixo da rede elétrica.
"A Amazonas Energia está também mudando sua fiação, usando cabos multiplexados, que apresentam uma disposição entrelaçada. Isso, por si só, já diminui o impacto visual. Nosso foco também está em conscientizar outras empresas a ter o mesmo cuidado." finalizou Lúcio Oliveira.
Fotos: Divulgação
Fonte: Shirley Assis
*Redação: blogjrnews.com