Amazonastur participa da maior feira do segmento de birdwatching do Brasil e destaca as dicas para iniciar a prática turística
No Amazonas, a diversidade de espécies de pássaros e cantos característicos atraem turistas de todo o mundo para observar as aves em seu habitat, a prática é conhecida como “observação de pássaros” ou birdwatching, termo em inglês. A Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur) participou, no fim de semana (19 a 21/05), da Feira Avistar, a maior do segmento no país, e destaca a prática no estado.
Além de fortalecer o ecoturismo, a observação de pássaros também contribui para pesquisas e estudos sobre as espécies de pássaros, a ornitologia. A participação na Avistar, para o presidente da Amazonastur, Gustavo Sampaio, consolida o estado como destino de birdwatching.
“De acordo com pesquisadores da área, no Amazonas são encontradas cerca de mil espécies de aves, sendo 600 somente na capital amazonense. Aves raras e únicas da Amazônia, como o Galo da Serra, fazem do estado um local perfeito para este tipo de turismo”, afirma o presidente.
Momentos eternizados
A fotografia também é outra ferramenta muito importante na observação. Além do registro pessoal, garante que a biodiversidade seja documentada para auxiliar as pesquisas sobre conservação e biodiversidade, comportamentos e habitat natural.
O fotógrafo Cleudilon Silveira - o Passarim - é conhecido, nacionalmente, por imitar o som de mais de 36 espécies de pássaros e participou da Avistar.
Natural de Envira (a 1.208 quilômetros de Manaus), ele explicou que o interesse sobre o assunto surgiu como uma curiosidade de infância.
"Esse trabalho é focado na preservação e conservação do meio ambiente. Em mostrar que uma pessoa local (interior do Amazonas) começou a ouvir e, atualmente, reproduz o som”, disse o fotógrafo. “O birdwatching também é identificado pelo amazônida, que convive no meio da floresta”, destacou Cleudilon.
Onde fazer birdwatching?
O potencial turístico inclui o Amazonas na rota de observadores de pássaros. Em Manaus, o Bosque da Ciência, parques do Mindu e Sumaúma, além do Jardim Botânico Adolpho Ducke, são pontos indicados para observação de pássaros. Os locais dispõem de guias para o acompanhamento dos visitantes nas trilhas e observação dos pássaros.
Para se ter uma ideia, segundo a bióloga e pesquisadora Dayse Campista, 32 espécies de beija-flor podem ser encontradas somente na capital amazonense.
Práticas de observação
Escolher o lugar estratégico para observar, investir em binóculos, instrumento eficaz para observar os detalhes, mesmo estando em longa distância, além de ter um caderno para anotar o que é encontrado, são as principais dicas para quem quer iniciar a prática, de acordo com os especialistas.
“Começar pela janela da sua casa. Ela começa no seu jardim. Coloca uma banana, um mamão e então os pássaros começam a chegar, e então você começa a observar as cores, o formato. E aí, então, você começa a investir num binóculo, por exemplo”, indica o fotógrafo, Cleudilon Silveira.
Com a campanha “Não toque. Observe”, a Amazonastur ressalta que para realizar a prática de turismo seguro e legal, é importante seguir criteriosamente a observação em habitat natural, mantendo uma distância segura, sem tocar ou alimentar os animais, sejam aves ou não.
FOTOS: Arquivo/Secom | Anselmo D'Affonseca/Divulgação
*Redação: blogjrnews.com