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Com apoio do Governo do AM, pesquisa elabora banco de dados sobre grupo de plantas amazônicas pouco conhecidas
Novidades & Tecnologia
Publicado em 08/05/2023

Pesquisa analisou a distribuição geográficas de bromélias e orquídeas

 

Pesquisadores catalogaram em diversos locais da Amazônia a ocorrência de 106 espécies, 50 gêneros, 17 famílias e mais de 4.690 amostras de epífitas, grupo de plantas que utilizam as árvores como suporte para fixação e não dependem do solo em nenhuma fase do seu ciclo de vida. Entre as representantes mais conhecidas na natureza estão as bromélias e as orquídeas. A pesquisa recebeu apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). 

 

O projeto, que elaborou um banco de dados de epífitas na Amazônia, monitorou a ocorrência dessas plantas em florestas de igapós vegetações que são periodicamente alagadas pelas cheias dos rios  localizadas no Parque Nacional de Anavilhanas, no Parque Nacional do Jaú, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé e no arquipélago de Mariuá. 

 

De acordo com o coordenador do projeto e doutor em biologia, Adriano Quaresma, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o estudo realizou o maior levantamento florístico de epífitas em um mesmo ecossistema florestal da Amazônia, o que preencheu uma lacuna gigantesca sobre o conhecimento desse importante grupo de plantas em matas de igapó.  

 

“As epífitas possuem importância fundamental na manutenção da diversidade biológica e onde são encontradas, pois proporcionam recursos alimentares e microambientes especializados para a fauna”, destacou o pesquisador.

 

Essas plantas são usadas também como refúgio reprodutivo a muitas espécies de animais, como rãs e sapos, o que as torna importantes elementos na manutenção da biodiversidade. A presença na natureza também impacta, de diferentes formas, aves, répteis, mamíferos e formigas. 

 

 

Abundância

Representando 10% da flora do planeta, as epífitas possuem mais de 30.000 espécies em todo o mundo. Na Amazônia, são registradas mais de 5.580 espécies. 

 

Apesar de tanta abundância na natureza, ainda há poucas informações sobre esse grupo de plantas. Por isso, a importância de estudar e conhecer mais, explica o pesquisador. “Este projeto representou um primeiro e essencial passo para desvendar padrões e processos de epífitas em escala biogeográfica amazônica”, disse.

 

 

Equipe e apoio

O projeto “Florística e ecologia de comunidades epifíticas em florestas de igapó da Amazônia: ferramentas para a conservação” foi conduzido com a participação de 30 pesquisadores, incluindo alguns de fora do Brasil.

 

Iniciado em 2019, o estudo foi concluído em 2022 por meio do fomento da Fapeam, disponibilizado via Programa de Apoio à Fixação de Doutores no Amazonas (Fixam). 

 

O programa estimula a fixação de recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional em instituições de ensino superior e pesquisa no Amazonas.

 

FOTOS: Érico Xavier/Fapeam e acervo pessoal do pesquisador Adriano Quaresma

*Redação: blogjrnews.com

 

 

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