Mesmo com a Internet, biblioteca ainda é referência para quem busca um lugar complementar para pesquisa e estudo
Mesmo com a popularização da internet, as bibliotecas ainda são consideradas uma das principais fontes de pesquisas e estudos. Em Manaus, os alunos do Colégio Amazonense Dom Pedro II, por exemplo, continuam buscando conhecimento na Biblioteca Pública do Amazonas, seja como alternativa para preparação ao vestibular ou para conhecimento pessoal.
Obras raras, periódicos antigos, material acadêmico extenso, além de ser um dos lugares mais belos do Centro de Manaus, os estudantes escolhem o espaço para se concentrarem nos estudos e conhecerem livros raros que só são encontrados na biblioteca.
O estudante do 3º ano do Ensino Médio, Lucas Walloes, de 18 anos, contou que a parte favorita de visitar o lugar, é a diversidade de livros que não existe na internet, além disso, a biblioteca conta com uma arquitetura incomparável, que chama a atenção dos visitantes.
“A nossa cultura é muito rica, porém a gente sabe que nem todo conteúdo tem na internet, então é uma ótima oportunidade de estarmos vindo recorrer aos livros. Os nossos professores estão sempre incentivando a gente a ler, principalmente literatura, que hoje é difícil recorrer aos livros por conta da era digital. Além disso, a arquitetura da biblioteca é muito bela, traz paz e faz até a gente se concentrar melhor”, contou.
Atualmente, a biblioteca passou a ser um dos locais mais procurados para os estudos, por ser um local silencioso, ideal para a concentração. Ana Paula Melo, de 17 anos, também ressaltou que é um lugar mágico para viajar pelas histórias da cultura amazonense.
Com a diversidade de periódicos, o estudo para o vestibular fica mais rico de conhecimentos, para quem não tem condição de ter um bom acervo em casa.
“Para mim a biblioteca não é só um local de paz e calma, você pode conhecer o seu passado e até o futuro. O cheiro dos livros faz com que você faça parte daquela história também. A história do Amazonas sempre cai no vestibular, e por mais que tenha algumas coisas na internet, não tem tudo, principalmente as informações mais importantes. Quando você chega aqui, o bibliotecário te dá todas as informações que você precisa e às vezes até mais do que você procura”, disse o aluno.
Acervo
O edifício-sede da biblioteca, localizado na rua Barroso, Centro, foi construído no período de 1904 a 1912. Durante o ano de 1945, um incêndio atingiu o espaço e quase o destruiu. Reconstruído dois anos depois, o lugar recebeu uma restauração parcial em 1985 e uma mais completa, em 2013, quando abriu novamente ao público.
Segundo Pamela Silva, servidora da biblioteca, os visitantes podem encontrar um acervo de 32 mil obras raras e amazônicas para consulta. Já no segundo andar, os alunos podem encontrar cerca de 35 mil volumes dos mais variados temas para pesquisa e estudo.
“Nós temos no acervo livros voltados para o vestibular e da série que os alunos estão, justamente para aqueles estudantes que não tem condições de pagar um cursinho de vestibular, a biblioteca abre as portas para oferecer esses serviços para eles”, explicou.
Também é possível encontrar uma coleção de mais 30 mil jornais, que datam até 1886 e que podem ser consultados. No segundo andar, a Gibiteca conta com uma variedade de quadrinhos infantojuvenis, e o Telecentro, onde o visitante pode também usar a internet para estudos.
Serviços
Para consulta e empréstimo de livros, o usuário precisa se cadastrar apresentando um documento de identidade e comprovante de residência.
FOTOS: Lucas Silva/ Secom
*Redação: blogjrnews.com